Moro desiste, depois rói a corda e volta atrás
Um dia após desistir de ser candidato a presidente, ao anunciar que "abro mão, neste momento, da pré-candidatura presidencial", Sergio Moro roeu a corda e fez um pronunciamento na tarde desta sexta-feira (1º) para tentar explicar sua decisão de voltar atrás. Com insignificante aceitação popular, o ex-juiz afirmou que não desistiu de nada. "Quero esclarecer que não desisti de nada", disse Moro ao abrir sua fala em coletiva de imprensa, 24 horas depois de confirmar sua filiação ao União Brasil, partido com maior receita do fundão eleitoral este ano - cerca de R$ 770 milhões.
Apesar de dizer que não desistiu da pré-candidatura à Presidência e que não será candidato a deputado federal (contradizendo comunicado de um dirigente do partido, que afirmou que ele chegava à sigla para disputar a Câmara), Moro não informou para qual cargo pretende concorrer após ter trocado o Podemos, onde permaneceu por apenas três meses, pelo União Brasil.
Em um discurso confuso, ele disse que fez um "gesto de humildade" para "unir o centro democrático", e mencionou outros pré-candidatos da chamada "terceira via", sugerindo que façam o mesmo.
"Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Precisamos de outros atos de desprendimento, de Luis Felipe D'Ávila, João Doria, Eduardo Leite, Simone Tebet, André Janones e lideranças partidárias para fazer prosperar essa articulação democrática", disse Moro, sem explicar qual seria seu lugar numa eventual chapa, se estes pré-candidatos aceitarem sua sugestão.
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