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Morre aos 70 anos o jornalista Luiz Antonio Mello

Por Mehane Albuquerque


Niterói e o rock nacional perderam um de seus grandes ícones. Morreu na tarde desta quarta-feira (30/4), aos 70 anos, o jornalista Luiz Antonio Mello, o LAM, um dos idealizadores e diretores da Rádio Fluminense, a 'Maldita'. Luiz Antonio estava internado no Hospital Icaraí para tratar uma pancreatite, e segundo o Jornal A Tribuna, onde trabalhava como editor desde 2021, teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância magnética.

Reprodução
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Além de jornalista e editor, era escritor e atuou como produtor musical, consultor de marketing, colunista e foi presidente da Funiarte (Fundação Niteroiense de Arte), entre as muitas atribuições que assumiu ao longo da carreira.


Na Rádio Fluminense, revelou grandes artistas e projetou o rock brasileiro da chamada 'Geração 80', da qual faziam parte o Kid Abelha, Paralamas, Lobão, Barão Vermelho e Legião Urbana, para citar apenas alguns.


LAM respirava música. Sua vida e carreira foram embaladas por trilhas musicais que vão desde o rock progressivo, passando pelo psicodélico, punk, new age, grunge e alternativo.


Era apaixonado pela banda inglesa 'The Who', e de 1985 a 1990, quando deixou a 'Maldita', foi consultor de marketing avançado do departamento internacional da gravadora Polygram, responsável pelas campanhas de lançamento no Brasil de álbuns do Dire Straits, Tears for Fears, Jimi Hendrix, Supertramp, Janet Jackson, Eric Clapton e outros 82 artistas. Também em 1985, participou da implantação da Globo FM.

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No ano passado, Luiz Antonio foi representado no cinema, no filme "Aumenta que é rock’n’roll", pelo ator Johnny Massaro. A produção do diretor Tomás Portella conta o período em que ele e os amigos assumiram a direção da Fluminense FM e a transformaram em um fenômeno de audiência entre o público jovem da época.


Como produtor musical, trabalhou nos discos de Celso Blues Boy (Som Na Guitarra) e de Antônio Quintella (Araribóia Blues, Os Intocáveis), coletâneas do The Who, Jimi Hendrix e na série On The Road. Em 1986 trabalhou na Rede Manchete como diretor do Domingo Especial e foi também redator-chefe do programa Shock. Dirigiu cerca de 200 programas musicais internacionais para a emissora.


Em 1989, durante a gestão do Prefeito Jorge Roberto Silveira, foi presidente da Funiarte (Fundação Niteroiense de Arte). Em seguida, coordenou um projeto chamado "Música dos Anos 90", pela gravadora Warner Music. Foi responsável pelo lançamento da gravadora Windham Hill Records no Brasil, selo de new age music.


Também foi colunista dos jornais O Pasquim, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Jornal Opinião e Folha de Niterói. Em 2005, integrou o grupo de fundadores da BandNews FM, sucursal Rio, onde permaneceu como colaborador até hoje.

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A Rádio LAM, emissora online criada por ele em 2021, logo se transformou em sucesso de público, com milhares de acessos.


"Ela mistura toda a experiência que adquiri como produtor da Rádio Federal AM (rock), no começo dos anos 1970, como ouvinte da Eldo Pop, cofundador e diretor da Fluminense FM, Maldita, entre 1982 e 1985, com um breve retorno em 1990. E ainda cofundador da Rádio Devaneio online só com música brasileira alternativa e experimental", explica na página de apresentação da web rádio.


Como escritor, publicou os livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de sobrevivência na selva do jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (junho de 2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (junho de 2006).


Luiz Antonio Mello deixa um legado de dedicação e paixão pela música, pelo jornalismo e pela cidade de Niterói, onde sempre viveu e era feliz. Com ele encerra-se "uma era de ouro do Rock", como escreveu o baterista, cantor e compositor Lobão em publicação nas redes sociais, lamentando sua morte.


O rock brasileiro está de luto. A cultura da cidade também. Enquanto artistas, amigos, ouvintes e fãs lamentam nas redes, a Rádio LAM continua no ar, como um símbolo de resistência e de protesto por sua partida.

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