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Morre em Brasília o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães


O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto faleceu na manhã desta segunda-feira (29), em Brasília, aos 84 anos. Ele atuou como secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores entre 2003 e 2009, além de ministro chefe de Assuntos Estratégicos entre 2009 e 2010, e Alto-Representante Geral do Mercosul entre 2011 e 2012.


Nascido no Rio de Janeiro, em 1939, Samuel Pinheiro Guimarães Neto graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1963, ano em que ingressou no Itamaraty. Foi também mestre em economia pela Universidade de Boston (1969).


Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Guimarães Neto foi protagonista na formulação e execução da política externa brasileira nos primeiros dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Como diplomata e intelectual, construiu uma ampla reflexão sobre o desenvolvimento e inserção internacional do Brasil. Destacou-se na formulação de políticas de integração regional, em especial do projeto do Mercosul, e na defesa da importância estratégica da relação com a Argentina”, informou o MRE, em nota.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Guimarães foi um dos mais importantes diplomatas da sua geração, com um extenso currículo de serviços prestados ao Brasil. “Tive o prazer e a honra de conviver e trabalhar com Samuel nos meus dois primeiros mandatos como presidente da República e depois como ex-presidente. Nesse momento de despedida, meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos, alunos e colegas de Samuel Pinheiro Guimarães”, disse Lula, em sua conta na rede social X.


Samuel deixa como herança um grande trabalho sobre o projeto Brasil. Em uma de suas obras, o O Mundo Ideal e o Mundo Real, o diplomata cravou: "As interpretações de eventos que levam em conta a existência do mundo “real” são ridicularizadas como teorias da conspiração. Todavia, o orçamento ostensivo da CIA/Central Intelligence Agency é de bilhões de dólares, assim como é de bilhões o orçamento da National Security Agency, a mais sofisticada das cerca de dezessete agências de inteligência americanas. Em cada grande Estado há pelo menos uma agência de inteligência, sendo as principais a SVR-RF, na Rússia, o MI5 na Grã-Bretanha, o MSS na China, o DPSD na França. Há agências de grande eficiência como o Mossad, de Israel, e a Dirección de Inteligencia de Cuba, o que prova que Estados que não são grandes Potências podem ter agências capazes de defender e promover seus interesses."


Com a Agência Brasil

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