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Morte de reitor de universidade catarinense foi aberração, diz Lula


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No encontro com reitores de universidades federais nesta quinta-feira (19) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a morte do então reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, em 2017, foi uma aberração. Cancellier cometeu suicídio após ser alvo na Operação Ouvidos Moucos, desdobramento da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar um suposto desvio de recursos públicos em cursos de educação a distância.


“São cinco anos e quatro meses que esse homem se matou pela pressão de uma política ignorante, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenam as pessoas antes de investigar e julgar”, afirmou o presidente.


Além de ser preso e afastado do cargo, após ser solto, Cancellier foi proibido de entrar na instituição. No mesmo ano, a UFSC foi alvo de outra operação, assim como outras universidades do país. Em 2018, a PF encerrou o inquérito por falta de provas.


“Quero aproveitar esse momento, com atraso de cinco anos e quatro meses, e dizer que pode ter morrido sua carne [em referência ao reitor Cancellier], mas as suas ideias continuarão no meio de nós a cada momento que pensarmos em educação, a cada momento que pensarmos na formação profissional e intelectual do povo brasileiro”, disse Lula.


“Pode ficar certo que aqui tem muita gente disposta a dar sequência ao trabalho que você fazia e as ideias [em] que você acreditava. Você morreu, mas as suas ideias continuam vivas e nós havemos de recuperá-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu com aquele reitor em Santa Catarina”, completou Lula.


Operação

Deflagrada em setembro de 2017, ainda numa época em que o substantivo "convicção" era parte do vocabulário oficial da força-tarefa Lava Jato, a operação apurou suspeita de desvio de dinheiro de programas de ensino a distância a UFSC. A investigação resultou na prisão, sem provas, do então reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, e de mais seis pessoas. Ele foi solto no dia seguinte, mas, proibido, não pôde voltar a frequentar a universidade. Em 2 de outubro, o ex-reitor cometeu suicídio, mergulhando no vão central do quinto andar do Beira-Mar Shopping, em Florianópolis. À época, a delegada da Polícia Federal, Erika Marena, que conduziu as investigações, afirmou que a polícia agia com responsabilidade e não faria o pedido de prisão se não tivesse “a convicção de sua necessidade”. Cancellier deixou uma carta criticando a forma como a investigação foi feita.


Com Jair Bolsonaro eleito e Sergio Moro transformado em “superministro”, a delegada Marena subiu na carreira e acabou ocupando um cargo no Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro.


Com a Agência Brasil

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