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Mourão avacalha: 'Eu não posso usar o meu viagra, pô?'


(Foto: Romério Cunha/PR)

Em entrevista nesta quinta-feira (16) aos jornalistas Fabio Murakawa e Fernando Exman, do Valor Econômico, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu a compra dos 35.000 comprimidos de Viagra pelo Ministério da Defesa. Após reclamar que a crítica "é uma coisa de tabloide sensacionalista", Mourão, que é general da reserva, afirmou: "Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada."

A declaração de Mourão volta a colocar em xeque o argumento usado pelo Ministério da Defesa, que, em nota, afirmou que os comprimidos são para tratar pacientes com hipertensão arterial pulmonar. O argumento foi contraditado por especialistas, que garantem que dosagens de 25 mg e 50 mg, como as que foram adquiridas pelas Forças Armadas, só servem para tratar disfunção erétil. É o que Mourão, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul em outubro, de forma voluntário ou não, acaba de corroborar.

Já o presidente, Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, defendeu a compra do Viagra pelas Forças Armadas e a justificou dizendo que será usado em casos de hipertensão arterial pulmonar (HAP) - a mesma explicação dada pela Defesa.

"A gente apanha todo dia de uma imprensa que tem muita má-fé e é ignorante também. [...] [A imprensa] não procura saber por que comprou aí os seus 50 mil comprimidos de Viagra. Mas faz parte. Como no ano passado apanhamos muito também, eu apanhei, por ter gasto alguns milhões com leite condensado", disse Bolsonaro, recordando o escândalo de que o governo federal gastou R$ 15,6 milhões só com leite condensado, que logo virou meme "Moçanaro". De acordo com o portal de dados do Ministério da Economia, em 2020, em plena pandemia, o governo federal gastou R$ 1,8 bilhão em alimentos, valor 20% maior do que o registrado em 2019. Entre os itens consumidos, além do leite condensado, estão biscoitos, sorvete, massa de pastel, chicletes, picolé, pizzas, vinhos, bombons e chantilly. Apenas com chicletes, foram torrados R$ 2,2 milhões. Nada mal para quem prometeu durante a campanha eleitoral de 2018 que iria “acabar com a mamata".

Prótese peniana

Nessa quarta-feira (13), foi divulgado que o Exército Brasileiro gastou, em 2020 e 2021, R$ 3,5 milhões na compra de 60 próteses penianas para hospitais militares. A corporação negou o número e disse que em 2021 comprou apenas três unidades. No entanto, a nota não fala de compras feitas em 2020.

O deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) enviaram uma denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir apuração sobre os gastos. "Foi realizada (compra), lamentavelmente, e escondida. Achando que ninguém ia descobrir. Eu e o Elias entramos para descobrir. Conseguimos descobrir as provas desse absurdo", disse Kajuru.

O Ministério da Defesa não se pronunciou.

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