Mourão: Pazuello deve ser punido para evitar anarquia no Exército
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira (27) que a aguardada punição ao general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por participação em ato político pró-Jair Bolsonaro no último domingo no Rio de Janeiro tem como objetivo evitar que "a anarquia se instaure dentro das Forças Armadas". Normas do Exército vedam manifestações partidárias de militares da ativa.
"A regra tem que ser aplicada para evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças. Assim como tem gente que é simpática ao governo, tem gente que não é. Então cada um tem que permanecer dentro da linha que as Forças Armadas tem que adotar. As Forças Armadas são apartidárias, elas não tem partido. O partido das Forças Armadas é o Brasil", afirmou Mourão, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
O vice-presidente afirmou que o Exército seguirá os trâmites do regulamento. "Se o comandante [do Exército, general Paulo Sérgio] chegar à conclusão de que tem que aplicar punição ao Pazuello, ele vai aplicar", disse Mourão minimizando a situação, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro pode reverter uma eventual punição, o que poderá provocar sérias consequências políticas para o governo junto ao alto comando militar
Mourão também descartou a hipótese de o Exército avaliar que Pazuello não descumpriu o regulamento disciplinar por ter sido autorizado pelo presidente a participar do ato.
"Esse é um entendimento meio canhestro da coisa, não funciona dessa forma", disse.
O comandante do Exército, general Paulo Sérgio, decidiu abrir um processo disciplinar contra Pazuello.
Bolsonaro vai decidir o destino de Pazuello com o comandante do Exército e o ministro da Defesa, Braga Netto.
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