Movimentos pela democracia se ampliam com as "organizadas"
Se no passado foram os partidos políticos, os sindicatos e as centrais sindicais que deram os primeiros passos da luta pela democracia nas ruas, o presente aponta para um novo personagem entre os movimentos populares que, em meio à pandemia, denunciam, nas ruas, os novos agressores das liberdades democráticas. São as torcidas organizadas de clubes de futebol, como ficou demonstrado no último fim de semana e promete se estender pelos próximos, como vem sendo anunciado nas redes sociais. Mas as "organizadas" não estão só. Com caráter suprapartidário, multiplicam-se as iniciativas para defender a democracia e se opor às ameaças e manobras golpistas. Pouco a pouco, começa a se criar no país um clima que tem sido comparado ao da época do movimento pelas Diretas Já (1984).
Naquele movimento, a partir das principais lideranças políticas e sindicais, formou-se ampla unidade pela democracia que acabou resultando um ano depois no fim da ditadura militar.
Os principais movimentos que expressam o sentimento de unidade democrática no momento são, além das torcidas organizadas, o Movimento Estamos Juntos, que foi lançado no sábado (30) e alcançou nesta segunda-feira (1o) a marca de 224 mil assinaturas, a campanha Somos 70% - criada a partir da iniciativa anterior e viralizada nas redes sociais - e o Basta!, que agrega advogados e juristas, segundo informa a Folha de S.Paulo.
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