Mulher de Queiroz: desvio de mais de R$ 1 milhão na rachadinha
A mulher do ex-assessor Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, ajudou a desviar R$ 1,1 milhão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no esquema das "rachadinhas". As informações foram apontadas pelo Ministério Público do Rio. A Promotoria estima ainda que, deste total, R$ 868 mil tenham abastecido a suposta organização criminosa liderada pelo filho 01 do presidente da República entre 2007 e 2017.
Foram nas contas de Márcia que a investigação também descobriu seis cheques depositados em favor da primeira-dama Michelle Bolsonaro. A denúncia oferecida contra Márcia, porém, não menciona os repasses à mulher do presidente. Em julho, Márcia teve a prisão decretada juntamente com o marido mas depois revogada por instâncias superiores. Atualmente, o casal cumpre prisão domiciliar.
O MP-RJ concluiu que Márcia fez parte do chamado "núcleo executivo" das "rachadinhas", composto por servidores fantasmas do gabinete de Flávio que recebiam o salário sem nunca bater ponto na Alerj.
Os pagamentos eram autorizados porque o chefe de gabinete do filho do presidente, Miguel Ângelo Braga Grillo, conhecido como Coronel Braga, validava a presença dos funcionários.
A denúncia aponta que esse "núcleo executivo" recebeu R$ 6,1 milhões da Alerj. Desse valor, R$ 2,079 milhões foram repassados diretamente a Queiroz, responsável pelas operações financeiras e que fazia chegar o dinheiro até o chefe, Flávio.
O MP-RJ diz que o dinheiro foi desviado por meio de 268 pagamentos feitos pela Alerj distribuídos nos 127 meses que Márcia atuou como "assessora fantasma" de Flávio Bolsonaro, de abril de 2007 a dezembro de 2017, de acordo com reportagem publicada nesta sexta pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Comentários