Mundo à beira da catástrofe: 60 anos da crise dos mísseis
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Mundo à beira da catástrofe: 60 anos da crise dos mísseis


Míssil balístico russo de médio alcance implantado em Cuba em exposição em Havana. (Reprodução)

Há 60 anos ocorreram eventos que levaram o mundo à beira do desastre. O impasse nuclear entre os EUA e a União Soviética atingiu seu pico, e o centro do conflito foi Cuba, onde armas nucleares soviéticas haviam sido implantadas pouco antes desses acontecimentos.


Em 22 de outubro de 1962, o presidente dos EUA John Kennedy anunciou um bloqueio naval do país insular.


Os acontecimentos de outubro de 1962 ficaram na história como a Crise dos Mísseis de Cuba ou Crise Caribenha. Por duas semanas o mundo esteve à beira da guerra nuclear depois que os americanos souberem da implantação de mísseis soviéticos em Cuba em resposta à instalação de mísseis balísticos dos EUA na Turquia.

Um dos mísseis soviéticos em exposição em Havana (Reprodução)

Em 22 de outubro, o presidente dos EUA, John Kennedy, anunciou um bloqueio naval a Cuba e, dois dias depois, a ilha foi cercada por 200 navios da Marinha dos EUA. O bloqueio foi acompanhado por aviões militares que controlavam a situação a partir do ar. Em 25 de outubro, os Estados Unidos estavam totalmente preparados para a guerra.

John Kennedy assina a ordem de bloqueio naval de Cuba, 23 de outubro de 1962.

Apesar disso, o líder da União Soviética Nikita Khruschev, declarou que os fornecimentos soviéticos a Cuba, que estava sob sanções americanas havia vários anos, iriam continuar.Representantes dos EUA acusaram publicamente a União Soviética de criar uma situação de conflito.

Um destróier norte-americano bloqueia um navio soviético que saiu de um porto cubano em novembro de 1962.

A liderança soviética considerou a presença de navios dos EUA perto de Cuba como ato de "pirataria".

Oficiais superiores norte-americanos na base militar dos EUA na baía de Guantánamo, novembro de 1962

Representantes dos EUA acusaram publicamente a União Soviética de criar uma situação de conflito.

Destróier norte-americano acompanhado por um avião militar dos EUA e um cargueiro soviético na costa de Cuba

Enquanto os lados se acusavam mutuamente, suas forças militares foram colocadas em nível de prontidão de combate.

Porto de Mariel, na costa oeste de Cuba, com navios soviéticos atracados, novembro de 1962.

Em 27 de outubro os pilotos americanos intensificaram sua atividade, realizando monitoramentos da costa cubana a cada hora.

Cargueiro soviético Okhotsk retira mísseis de uma base em Cuba conforme os acordos alcançados, dezembro/1962

No dia anterior, em 26 de outubro, Khruschev sugeriu a Kennedy chegar a um compromisso e retirar as armas nucleares da Turquia e de Cuba. Em 27 de outubro, o presidente americano discutiu os termos da resolução do conflito com o embaixador soviético e, desde 29 de outubro até o final de novembro, os mísseis americanos foram retirados da Turquia e os mísseis soviéticos de Cuba.

O líder cubano Fidel Castro inspeciona armas em uma base militar, novembro de 1962

Infelizmente, houve baixas. Em 27 de outubro foi derrubado um avião americano U-2 que se aproximou perto demais de Cuba, o piloto Rudolf Anderson faleceu. As perdas da União Soviética foram muito mais significativas: devido às duras condições de vida em Cuba durante o bloqueio faleceram mais de 50 militares soviéticos.


Exposição dedicada ao 50º aniversário da crise do Caribe no antigo bunker no território do Hotel Nacional de Cuba

A resolução pacífica da Crise Caribenha foi de grande importância para todo o planeta. Nos anos seguintes vários acordos foram assinados para limitar a proliferação de armas nucleares. Começou o período de alívio da tensão entre a União Soviética e os EUA, conhecido como "distensão".

Participantes de manifestação antiguerra perto da Casa Branca em Washington, 27 de outubro de 1962.

O bloqueio naval de Cuba foi levantado em 20 de novembro de 1962. No entanto, a economia cubana não melhorou. As sanções americanas contra o Estado insular foram reforçadas para um embargo quase total. Em 1964, sob pressão dos EUA, os membros da Organização dos Estados Americanos aderiram às sanções.


Fonte: Agência Sputnik

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