Números da Casa Branca preveem 165 mil mortos no Brasil até agosto
O presidente Donald Trump parece que sabia o que dizia ao afirmar que, se os Estados Unidos seguissem o exemplo do Brasil na política de combate à epidemia de coronavírus, já poderiam contar mais de 2,5 milhões de mortos. Em matéria assinada pela correspondente em Washington, Marina Dias, a Folha de São Paulo revelou que modelos utilizados pela Casa Branca para monitorar números da pandemia apresentam um cenário de 5 mil mortes por dia no Brasil, com total de 165 mil vítimas fatais até agosto.
As projeções catastróficas podem estar embasando as decisões do governo brasileiro, que decidiu deixar de totalizar os números de mortos e anunciou que irá “rever” os números já consolidados pelo Ministério da Saúde.
Os números agora projetados representam praticamente o dobro em relação ao divulgado em meados de maio pela Universidade de Washington, que previa 88 mil óbitos brasileiros até o dia 4 de agosto. A mesma pesquisa previa, no final do mês passado, 125 mil mortes e agora a projeção foi ampliada para 165.960 brasileiros perdidos para o coronavírus na mesma data.
Mas isso ainda pode ser pouco. Segundo o jornal, “o modelo usa uma janela de intervalo ampla, que no caso brasileiro varia de 113.673 e 253.131 mortes até 4 de agosto, indicando que a curva continua subindo”.
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