Niterói reage contra novo ataque à UFF
O processo movido pelo MEC contra 30 docentes da Universidade Federal Fluminense, em razão de um voto dado há 12 anos no Conselho de Administração da universidade provocou reações indignadas em Niterói. O deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) considerou o fato "uma nova afronta do incompetente ministro da Educação à autonomia universitária". Por sua vez, o vereador Leonardo Giordano (PCdoB), se manifestou pelas redes sociais, condenando o que classificou como "censura" do ministro Weintraub:
"Acompanho chocado o absurdo que o Ministério da Educação está promovendo na nossa querida Universidade Federal Fluminense e venho repudiar e prestar a minha solidariedade aos 30 professores que estão sendo perseguidos por esse governo que mais se preocupa com a censura do que com o acesso do nosso povo à educação. Não ficará por isso mesmo, nossos professores não estão sozinhos e nunca iremos recuar na luta pela autonomia das nossas universidades. Mais uma vez a UFF se agiganta e resiste diante de tanto retrocesso. Abaixo à censura de Weintraub e VIVA A UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE!"
Na segunda-feira (17/02), a colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bérgamo, informoju que o ministério da Educação (MEC), comandado por Abraham Weintraub, abriu um procedimento administrativo disciplinar contra 30 professores da UFF porque, há 12 anos, eles decidiram que os funcionários aposentados deveriam ter os mesmos aumentos dos que estavam na ativa, seguindo os princípios da isonomia e da integralidade.
“É o maior abuso de autoridade que se comete contra a liberdade de manifestação e de voto nos Conselhos superiores da universidade pública”, diz Adriana Penna, da associação dos docentes da UFF. “É uma clara tentativa de intimidação e ataque à autonomia universitária”.
A entidade está dando apoio jurídico aos professores.
(TP com o Brasil 247)
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