Niterói de luto pela morte da professora Maria Felisberta

Maria Felisberta

A prefeitura de Niterói anunciou que o prefeito Axel Grael vai decretar luto oficial de três dias na cidade pela morte da professora Maria Felisberta Baptista da Trindade, ex-secretária municipal de Educação e professora emérita da UFF. Ela tinha 91 anos e a causa da morte não foi revelada.

Felisberta era graduada em Pedagogia, com especialização em Orientação Educacional e Mestre em Educação. Em 1985, ingressou na Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, onde exerceu vários cargos, dentre eles, o de Diretora de 1992 a 1995. No Executivo Municipal de Niterói ocupou os cargos de Secretária Municipal de Educação e Cultura (2002); Secretária Municipal de Educação e Presidente da Fundação Municipal de Educação (2003–2004); Coordenadora Geral de Planejamento e Presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e Membro Titular do Conselho Municipal de Educação de 2005 até 2008, retornando em 2013, onde ainda atuava.

Felisberta mostra foto dela com Paulo Freire em evento no Campo de São Bento

Durante sua trajetória profissional e de cidadania, a professora Felisberta recebeu diversas homenagens como militante na luta pelos Direitos das Mulheres e pela defesa da Escola pública. Foi pioneira do Partido Comunista em Niterói e militante das lutas sociais, como uma educação pública de qualidade e a luta contra o regime ditatorial do Brasil, entre 1964 e 1985.

Maria Felisberta manteve-se ativa e atuante nas lutas em defesa da educação pública até o final. No dia 19 de setembro, e uma de suas últimas atividades públicas, ela participou de auma aula coletiva promovida pelo jornal TODA PALAVRA, com o apoio da prefeitura de Niterói e da Frente Parlamentar de Defesa da Cátedra, no Campo de São Bento, em homenagem ao centenário do educador Paulo Freire. Felisberta foi ao evento levando uma foto dela com Paulo Freire, que exibia orgulhosamente.

Pelas redes sociais, o ex-secretário municipal de Educação e deputado estadual Waldeck Carneiro lamentou a morte de Felisberta, que considerou como "uma das maiores referências da educação pública da História de Niterói".