No Dia da África, ONU apela à solidariedade de países ricos

Nesta terça-feira, 25, Dia da África, o secretário-geral da ONU apelou às nações desenvolvidas para que se solidarizem com o continente. O 25 de maio marca a fundação da Organização de Unidade Africana, em 1963, entidade predecessora da atual União Africana, estabelecida há 20 anos.
Para António Guterres, a pandemia expôs as desigualdades profundamente arraigadas e colocou em risco os ganhos de desenvolvimento conquistados com muito esforço em toda a região. No continente houve um total de 3.451.770 casos confirmados, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Cultura. Este ano, a data tem como lema "As Artes, a Cultura e o Patrimônio como alavancas para construir a África que queremos".
Guterres disse que o rico e diversificado patrimônio cultural e natural regional é importante para o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a construção e manutenção da paz. Uma das vantagens é fornecer uma base sólida para o progresso econômico inclusivo, no momento em que o continente se esforça para enfrentar os desafios colocados pela pandemia da covid-19.
Realçando o impacto da crise, ele disse ter aumentado as causas do conflito, piorado desigualdades e exposto as fragilidades da governança em muitas nações. Os exemplos disso são particularmente a prestação de serviços básicos como saúde, educação, eletricidade, água e saneamento.
Vacinas
Guterres realçou ainda que a covid-19 agravou a crise climática, que afeta de forma desproporcional os países em desenvolvimento. O secretário-geral destaca que para a recuperação econômica e para se alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável é preciso garantir o acesso equitativo e universal às vacinas da covid-19. A mensagem realça “o profundo desequilíbrio na distribuição” do imunizante entre os países, com as nações africanas recebendo apenas 2% do total de unidades.
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