No dia do 100º ouro, Brasil iguala marca da Rio 2016
top of page
banners dengue balde niteroi 728x90 29 2 24.jpg

No dia do 100º ouro, Brasil iguala marca da Rio 2016


Yeltsin Jacques venceu os 1.500m (100º ouro para o Brasil) e quebrou recorde mundial (Foto: Rogério Capela/CPB)

O sétimo dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio foi especial para o Brasil. O país conquistou sua 100ª medalha de ouro na história da competição com o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, do atletismo, na prova dos 1.500m (classe T11). Mas não parou por aí. Carol Santiago fez bonito e também ficou com o ouro nos 100m livre (classe S12). Assim, a delegação brasileira chegou a 14 medalhas douradas no Japão e igualou a marca obtida no Rio de Janeiro, em 2016. O país agora corre atrás do recorde estabelecido em Londres, em 2012 - 21 ouros.

As outras medalhas do dia vieram com Gabriel Bandeira, prata 200m medley SM14, mais uma prata no revezamento 4x100m livre - 49 pontos e os bronzes de Mariana Gesteira no 100m livre da classe S9 e Jardênia Barbosa da Silva nos 400m T20. O atletismo também teve mais um pódio com a prata de Raissa Rocha no lançamento de dardo F56.

O Brasil soma agora 42 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 14 ouros, 11 pratas e 17 bronzes. Está na sexta colocação no quadro de medalhas geral. A China lidera com 59 ouros e 129 medalhas, com a Grã-Bretanha em seguida, com 80 medalhas, sendo 29 de ouro, e o Comitê Paralímpico da Rússia, em terceiro lugar, com 25 medalhas de ouro e um total de 73 medalhas.

Atletismo

O atletismo foi responsável pela 100ª medalha de ouro do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. E ela veio com o fundista sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, vencedor dos 1.500m T11 (atletas cegos), com quebra do recorde mundial da prova com o tempo de 3min57s60. O pódio foi completado pelo japonês Shinya Wada (4min05s27) e por Fedor Rudakov, do Comitê Paralímpico da Rússia (4min05s55).

"Hoje de manhã, o Bira [seu atleta-guia] comentou sobre a [possibilidade da] 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos e isso me deu uma motivação especial. Ele disse que a gente iria fazer história mais uma vez”, recordou Yeltsin. Esta foi a segunda medalha de ouro do brasileiro na capital japonesa. O atleta ficou no topo do pódio na última quinta-feira, 26, na prova dos 5.000m T11.

Já no lançamento de dardo F56 (atletas cadeirantes), a baiana Raissa Rocha ficou com a prata ao lançar o dardo a 24,39m, atrás somente 11cm da iraniana Hashemiyeh Moavi Motaghian, que quebrou o recorde mundial da prova com um lançamento de 24,50m. O bronze ficou com Diana Dadzite, da Letônia (24,22m).

“Por pouquinho não foi medalha de ouro. Eu prometi, eu cumpri. Independentemente da medalha, eu estou levando uma para casa. Só tenho a agradecer. É muita gratidão”, comemorou Raissa, logo após a prova.

A última medalha do dia veio com Jardênia Barbosa da Silva na final dos 400m T20. Debaixo de chuva, a brasileira, de apenas 17 anos, conquistou o bronze ao cravar 57s43. O ouro ficou com a americana Breanna Clark (55s18) e a prata foi da ucraniana Yuliiia Shuliar (56s18).

“Não estou acreditando, é muita emoção. Só tenho que agradecer a minha família e a todos que me ajudaram nessa caminhada. Feliz demais com o resultado, pois ainda melhorou o meu tempo”, comemorou Jardênia, ainda sem fôlego, logo após a prova.

Natação

Depois de passar um dia em branco, sem medalhas, a natação voltou com força total nesta terça-feira, 31, no Centro Aquático de Tóquio. A pernambucana Carol Santiago conquistou mais um ouro nos Jogos Paralímpicos ao subir no lugar mais alto do pódio após vencer os 100m livre da classe S12 (para atletas com baixa visão). Com o resultado, o Brasil chegou a 14 medalhas douradas no Japão e igualou a marca obtida no Rio 2016. O país agora corre atrás do recorde estabelecido em Londres 2012 - 21 ouros.

Carol Santiago celebra sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Foto: Miriam Jeske/CPB)

Carol, que já havia conquistado o bronze nos 100m costas e o ouro nos 50m livre, ganhou os 100m livre com o tempo de 59s01, seguida por Daria Pikalova, do Comitê Paralímpico da Rússia (59s13) e pela britânica Hannah Russel (1min25s). Outra brasileira na prova, Lucilene Souza fechou a final em sexto lugar (1min02s42).

Na sequência, Gabriel Bandeira caiu na água e conquistou mais uma medalha para o Brasil. Depois de levar o ouro nos 100m borboleta, a prata nos 200m livre e o bronze no revezamento 4x100m misto, o paulista ficou com a prata nos 200m medley SM14 (para atletas com deficiência intelectual). Com o tempo de 2min09s56, o atleta foi superado pelo britânico Reece Dunn, que bateu o recorde mundial da prova (2min08s02). O ucraniano Vasyl Krainyk completou o pódio ao conquistar o bronze (2min09s92).

“Não esperava quatro medalhas, principalmente depois de ter ficado parado por um tempo chegando aqui (por causa de um caso de covid na delegação brasileira). A sensação no começo foi um pouco ruim, mas trabalhei a cabeça e refleti agora. Meu forte é o final da prova, aproveitei também bastante o submerso, e acho que deu certo”, afirmou Gabriel Bandeira.

Vale lembrar que, tanto Gabriel como Carol, quebraram recordes paralímpicos em Tóquio. O paulista conseguiu o feito ao terminar os 100m borboleta em 54s76, enquanto a pernambucana bateu a marca dos 50m livre em duas oportunidades: 26s87 nas eliminatórias e 26s82 na final.

Mariana Gesteira trouxe mais uma medalha para o Brasil na natação. A carioca conquistou o bronze nos 100m livre da classe S9, com o tempo de 1min03s39, apenas três centésimos na frente da britânica Toni Shaw, quarta colocada com 1min03s42. O ouro foi para a neo-zelandesa Sophie Pascoe (1min02s37) e a prata para Sarai Gascon (1min02s77).

“Por cinco anos, eu dormi e acordei pensando nisso. A gente sonha com esses momentos, mas quando acontece é surreal. Só tenho que agradecer a todo mundo que me ajudou a viver isso aqui hoje”, comemorou Mariana. “Tive muito apoio. Isso não estaria acontecendo se eu não tivesse uma comissão técnica enorme, muita gente por trás disso”, completou.

Na última prova da natação do dia, o Brasil conquistou mais uma medalha: prata no revezamento 4x100m livre - 49 pontos. Com um time formado por Wendell Belarmino (S11), Douglas Matera (S13), Lucilene Sousa (S12) e Carol Santiago (S12) - todos com deficiência visual -, o país só foi superado no fim pela equipe do Comitê Paralímpico da Rússia, que bateu o recorde paralímpico da prova (3min53s79). A Ucrânia completou o pódio com o tempo de 3min55s15.

“Eu não costumo ficar nervoso nas minhas provas individuais, mas nesse revezamento o coração veio aqui na garganta (risos). Estou muito feliz com o resultado, porque sei que todo mundo deu o máximo dentro da piscina. As meninas foram incríveis e estou orgulhoso por dividir essa prova com esses três”, comemorou o brasiliense Wendell Belarmino.

Os times do Comitê Paralímpico da Rússia e da Ucrânia fizeram uma estratégia diferente do Brasil. O revezamento é composto por dois homens e duas mulheres e cada país escolhe sua ordem. Os brasileiros colocaram dois homens abrindo e abriu uma boa frente. No fim, russos e ucranianos tinham um homem fechando, enquanto o Brasil tinha Carol Santiago, que conseguiu ir muito bem e segurou a medalha de prata.

Goalball

O Brasil goleou a Turquia por 9 a 4, na manhã desta terça-feira, 31, pelas quartas de final do goalball masculino. Com o resultado, o time avançou para as semifinais e agora reencontra a Lituânia, atual campeã paralímpica, na próxima quinta-feira, 2, às 5h45 (horário de Brasília). Apesar da vitória arrasadora dos brasileiros por 11 a 2, logo na estreia em Tóquio, o histórico entre as duas seleções é de resultados apertados.

No feminino, O Brasil encara a China, também quinta-feira,2, às 5h45, pelas quartas de final do torneio.

Futebol de 5

O Brasil encerrou a sua participação na primeira fase da modalidade com outra goleada: 4 a 0 sobre a França - dois gols de Nonato, que chegou aos cinco gols na competição, e dois de Jardiel. Nos três jogos realizados até aqui, a Seleção já marcou 11 gols e ainda não sofreu nenhum. Agora, a equipe encara o Marrocos, na próxima sexta-feira,3, às 7h30 (horário de Brasília). Já a final será no sábado, 4, às 5h30 (de Brasília).

Resultados do Brasil na 1ª fase:

Brasil 3 x 0 China

Brasil 4 x 0 Japão

Brasil 4 x 0 França

Transmissão

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.


Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro


Chamada Sons da Rússia5.jpg
banners dengue balde niteroi 300x250 29 2 24.jpg
Divulgação venda livro darcy.png
bottom of page