Notícias falsas sobre vacina crescem nas redes
Negacionistas e grupos antivacinas já estão "trabalhando" a todo vapor para espalhar desinformação no Brasil e mundo afora, na tentativa de descredenciar a imunização contra a Covid-19. Pesquisas da União Pró-Vacina da Universidade de São Paulo (USP) e da Avaaz, divulgadas nesta sexta-feira (21/8), indicam que a "campanha" contra a vacina apresenta alta tendência de crescimento nas redes.

Riscos inexistentes, argumentos infundados e teorias conspiratórias — como a utilização das doses para o implante de "chips" em pessoas — fazem parte do repertório das notícias falsas divulgadas.
O estudo da USP se baseou em dois grandes grupos antivacina do Facebook brasileiro e constatou que em dois meses (de maio a julho), as fake news sobre vacinas contra a Covid-19 aumentaram inacreditáveis 383%.
Já o estudo da Avaaz monitorou os 10 maiores sites de informações não confiáveis sobre saúde e descobriu que eles alcançam quatro vezes mais visualizações e interações com o público do que sites oficiais de instituições comprometidas com a ciência, como a OMS e o CDC. Dentre os conteúdos falsos relacionados à Covid-19 e analisados pelos pesquisadores da Avaaz, 30% são sobre a vacinação.
Segundo a Avaaz, as fake news sobre saúde rendem muito mais seguidores e curtidas do que as verdadeiras, o que ajuda a alimentar o movimento antivacinas e a estimular o crescimento das páginas de desinformação sobre a pandemia.