Novo chanceler defende 'diplomacia da saúde'
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Novo chanceler defende 'diplomacia da saúde'


Novo ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França (Divulgação)

O embaixador Carlos Alberto Franco França, novo ministro de Relações Exteriores do Brasil, fez um discurso de posse nesta terça-feira (6).

Com a saída de Ernesto Araújo do Ministério de Relações Exteriores em razão dos danos provocados pela pasta na política externa do Brasil, a chegada de Carlos Alberto Franco França foi cercada de expectativas.

É, afinal, com este novo ministro que o Brasil espera recuperar o prestígio perdido junto aos seus parceiros globais. Em seu discurso de posse, Carlos Alberto Franco prometeu mudanças com relação ao ministro Ernesto Araújo.

​Ele enfatizou o diálogo multilateral, elogiou o Mercosul e defendeu como prioridade o combate à pandemia da Covid-19. Ele ainda citou o que lhe foi pedido pelo presidente Jair Bolsonaro: a urgência no campo da saúde, a urgência da economia, e a urgência do desenvolvimento sustentável.

"A primeira urgência é o combate à pandemia da Covid-19. Sabemos todos que essa é tarefa que extrapola uma visão unicamente de governo. E que, no governo, compete também ao Itamaraty, em conjunto com o Ministério da Saúde", explicou.

Em seguida, ele prometeu que as "missões diplomáticas e Consulados do Brasil no exterior estarão cada vez mais engajados em uma verdadeira diplomacia da saúde". Ele afirmou que buscará contatos com governos e laboratórios para mapear as vacinas disponíveis.

O novo ministro também prometeu maior articulação com o Congresso brasileiro. "Meu compromisso é com a intensificação e a maior articulação das ações em curso. Maior articulação no âmbito do Itamaraty; maior articulação com outros órgãos públicos, com o Congresso Nacional", defendeu.

Mercosul: 'O lugar do diálogo'

Carlos Alberto Franco disse que "o lugar onde o diálogo se impõe é a nossa vizinhança". Ele defendeu os acordos nucleares do Brasil com a Argentina, e disse que são símbolos do predomínio da cooperação sobre a rivalidade.

Em seguida, ele defendeu o Mercosul. "Representa uma etapa construtiva da integração com nossos vizinhos. E é preciso ir além, abrindo novas oportunidades", afirmou.

A questão da economia

Na visão do novo ministro das Relações Exteriores do Brasil, "uma segunda urgência [no país] é a econômica. Neste sentido, ele defendeu o ingresso brasileiro na OCDE.

"Não há modernização sem mais comércio e investimentos, sem maior e melhor integração às cadeias globais de valor – daí o significado da nossa pauta de negociações comerciais. Não há modernização sem a exposição do País aos mais elevados padrões de políticas públicas – por isso é importante nosso cada vez mais estreito relacionamento com a OCDE", comentou.

O clima em alerta

Carlos Alberto Franco acredita que o país tem diante de si uma oportunidade de se tornar "vanguarda do desenvolvimento sustentável e limpo". Ele disse que é preciso "mostrar ao mundo uma matriz energética que é predominantemente renovável. Um setor elétrico que, três vezes mais limpo do que a média mundial, já pode ser considerado de baixo carbono".

Ele criticou o Código Florestal, e disse que é possível mostrar "uma produção agropecuária que, além de ser capaz de alimentar o planeta, tem a marca da sustentabilidade. Quarenta anos de investimentos em ciência nos permitiram produzir mais com relativamente menos terra e com melhor uso do solo".

Nunca liderou embaixada no exterior

Da mesma forma que o seu antecessor Ernesto Araújo quando foi nomeado, França só foi promovido a embaixador há pouco tempo e nunca chefiou um posto no exterior. Aos 56 anos, o novo chanceler é considerado um diplomata discreto, que fez carreira ligada ao cerimonial do Itamaraty. Especialistas mostram preocupação com escolha, após o fiasco da gestão ideologizada de Araújo. “Novo chanceler Carlos Alberto Franco França nunca liderou embaixada do Brasil no exterior, nunca foi subsecretário e nunca sequer foi chefe de departamento no Itamaraty. Agora, terá a função de reconstruir o Brasil no mundo”, escreveu o jornalista Jamil Chade, em rede social.


Com a Sputnik

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