OMS autoriza uso emergencial da indiana Covaxin
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OMS autoriza uso emergencial da indiana Covaxin


(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu nesta quarta-feira (3) licença para uso de emergência da vacina Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech da Índia. A decisão torna o imunizante a oitava vacina contra a covid-19 a receber luz verde da OMS. No Brasil, a vacina foi alvo de investigação por parte da CPI da Covid após denúncia de corrupção no contrato de aquisição de 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão.

Pelas redes sociais, a OMS comunicou também que seu grupo de assessoria técnica avaliou que os benefícios do imunizante contra a covid-19 superavam significativamente os riscos e que ele atende aos padrões da organização para proteção contra a covid-19.

"Essa decisão de uso de emergência amplia a disponibilidade de vacinas, a ferramenta mais eficaz de que dispomos para acabar com a pandemia", disse Mariângela Simão, diretora-geral assistente para o acesso a medicamentos e produtos de saúde.

A vacina Covaxin é feita utilizando o vírus desativado, para proporcionar resposta imune e é administrada em duas doses.

A OMS afirmou que a vacina foi considerada 78% eficaz na prevenção da covid-19 grave e "extremamente adequada" para países pobres, devido a procedimentos de armazenamento mais fáceis.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tomou a primeira das duas doses em março.

Em meados de outubro, mais de 110 milhões de doses da vacina haviam sido administradas, fazendo da Covaxin a segunda mais usada contra a covid-19 na Índia, seguida pela Pfizer e a AstraZeneca.

CPI e ameaças de morte

Em julho, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que atuava como chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, denunciaram na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal, um suposto esquema de corrupção no contrato envolvendo a Precisa Medicamentos - que atuou como atravessadora - e o Ministério da Saúde para venda de 20 milhões de doses do imunizante indiano com valores - R$ 1,6 bilhão no total - quase dez vezes maiores do que o governo pagou por outras vacinas.

O contrato só foi cancelado após as investigações serem iniciadas pela CPI.

Na Polícia Federal, corre um inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou ao não mandar investigar a denúncia que lhe foi levada pelos irmãos Miranda quatro meses antes de deporem na CPI.

No último domingo (31), o deputado Luis Miranda postou em rede social a informação de que Luis Ricardo entrou para o programa de proteção a testemunha da Polícia Federal por sofrer ameaças de morte.

"O Brasil não é como nos quadrinhos, onde o bem sempre vence! Meu irmão continuou sendo atacado pelo governo, foi exonerado, por conta das ameaças teve que entrar para o programa de proteção à testemunha e sair do país! Jair Bolsonaro, cria vergonha na cara, você sabe a verdade!", disse Luis Miranda no Twitter.

O caso Covaxin também é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Câmara arquiva processo contra deputado

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (3), por 13 votos a favor e um contra, arquivar o processo contra o deputado Luis Miranda por quebra de decoro parlamentar.

Miranda foi investigado no conselho a pedido do PTB, que pediu abertura de processo por considerar que o deputado agiu de má-fé ao denunciar o esquema de corrupção na compra da vacina.

O PTB pediu a cassação do mandato de Miranda, mas os deputados acompanharam o parecer do relator, Gilberto Abramo (Republicanos-MG), que pediu o arquivamento do processo.

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