OMS prevê 88,3 mil mortes por Covid-19 no Brasil até início de agosto

A diretora-geral da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, disse nesta terça-feira (26), que calcula que o Brasil tenha 88.300 mortes por COVID-19 até o dia 4 de agosto.
Etienne afirmou, segundo uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que "não há dúvidas" de que a América é o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus, e destacou os Estados Unidos e o Brasil, que vêm registrando os maiores números diários de novos casos da doença.
Marcos Espinal, diretor do Programa de Doenças Transmissíveis da Opas, disse que o órgão está "muito preocupado" com a situação no Brasil.
"O Brasil precisa aumentar o número de testes. Atualmente, são cerca de três mil por milhão de habitantes. Em um país tão grande, de cidades povoadas como Rio e São Paulo, é de importância vital implementar medidas de mitigação, como aumentar os testes e tentar manter o distanciamento social", afirmou Espinal.
A Opas é o braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.
IHME estima em 125 mil mortes
Segundo dados do IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, esse salto poderá ser bem maior ainda. O instituto estima que serão 125 mil vítimas fatais do vírus até o início de agosto.
O levantamento, usado como modelo pelo governo norte-americano para monitorar os números de coronavírus no país, usa uma janela de intervalo ampla para chegar aos resultados. No Brasil a pesquisa foi feita com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas e Pernambuco.
Os dados apontam um novo intervalo entre 68.311 e 221.078 mortes até 4 de agosto. Além disso, o pico de mortes dentro de 24 horas deve acontecer em 13 de julho, com 1.526 óbitos, no Brasil.
Segundo a reportagem “a partir de agosto, então, a curva de mortes diárias começa a descer, mas ainda na faixa de quase 1,4 mil a cada 24 horas naquele mês”.
Hoje já são mais 23 mil vidas perdidas e 377.711 pessoas infectadas pela Covid-19 no Brasil. Mas, apesar do número aumentar todos os dias, os governos de diferentes estados pretendem afrouxar as medidas de isolamento, uma das principais ações na contenção da pandemia.