ONU aprova pedido para reavaliar Palestina como membro pleno
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou, nesta sexta-feira (10), uma resolução que concede direitos adicionais à Palestina na ONU e recomenda que o Conselho de Segurança reconsidere favoravelmente a candidatura palestina a membro pleno da organização.
Na votação, 143 países votaram a favor, nove votaram contra - incluindo Estados Unidos e Israel - e 25 se abstiveram.
A resolução não garante a adesão integral que os palestinos pleiteiam há mais de dez anos, mas reconhece o território como qualificado para ser membro pleno. "A Palestina continuará o seu esforço para obter adesão plena à ONU", afirmou, após a votação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
EUA contra
Não é novidade que Israel e os Estados Unidos estejam contra a adesão da Palestina à ONU. Em abril deste ano, os EUA vetaram o pedido da Palestina de adesão plena à organização durante uma votação no Conselho de Segurança.
A Palestina tem status de observadora na organização desde 2012.
No início de abril, no meio da guerra israelense em curso na Faixa de Gaza, a Palestina enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitando uma nova consideração do seu pedido de adesão, que foi apresentado pela primeira vez em 23 de setembro de 2011.
Mais cedo, Brasil e Colômbia haviam solicitado ao Conselho de Segurança que a Palestina aderisse à organização. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, havia dito que a sua entrada seria "puro bom senso".
Durante a fala, Vieira pediu que a Palestina se tornasse um membro permanente da organização.
"Devemos discutir os meios para que a Palestina possa aderir ao bloco […]. Chegou a hora de a comunidade internacional finalmente dar as boas-vindas à Palestina como o novo membro das Nações Unidas", disse Vieira.
Sobre a hostilidade em Gaza, o chanceler brasileiro afirmou que "já passou da hora de a comunidade internacional" agir para "parar com o sofrimento" dos palestinos. E que as novas gerações cobram que uma das principais promessas da ONU seja cumprida, a de poupar vidas de inocentes atingidos pela guerra.
Com a Agência Sputnik
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