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Operação apreende balsa da invasão a território Xipaia

Atualizado: 18 de abr. de 2022


(Foto: Ascom/PF)

Uma operação conjunta de vários órgãos federais apreendeu ainda no sábado (16) a balsa de garimpeiros que invadiram o território indígena Xipaia, no Pará, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Foram necessárias varreduras de lancha nos rios e igarapés da região para encontrar a embarcação atracada sob a copa das árvores. Cinco adultos e dois adolescentes encontravam-se a bordo. Os menores foram apreendidos e estão sob cuidados da Justiça, informou o ministério. As demais pessoas prestaram esclarecimentos na delegacia da PF em Itaituba (PA).

Equipes da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional haviam sido mobilizadas na região ainda na sexta-feira (17), quando o MJSP recebeu informações sobre a entrada ilegal de supostos garimpeiros por meio fluvial. O efetivo foi deslocado de avião até a aldeia Karimã para reforçar a segurança da tribo, sob a suspeita de que os garimpeiros estariam armados.

De acordo com o delegado da PF Paulo Teixeira, chefe do Serviço de Repressão a Crimes Contra Comunidades Indígenas, “a balsa apreendida não será destruída". "Nós vamos adotar os procedimentos legais para que o equipamento seja destinado a ações de fiscalização ambiental do ICMBio”, disse ele, em nota do MJSP.

Deflagrada em março para combater o garimpo ilegal em terras indígenas, a operação Guardião da Floresta, coordenada pela pasta, conta com a colaboração da PF, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Força Nacional, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Denúncia

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a cacica Juma Xipaia pediu socorro e relatou que uma balsa de garimpo ilegal desceu o Rio Iriri em direção à reserva. Os ataques teriam ocorrido na quinta-feira (14).

A cacica temia que o encontro entre os guerreiros das aldeias xipaias com os invasores pudessem terminar em um banho de sangue. "Guerreiros das outras aldeias estão descendo com o objetivo de tentar um diálogo, para que eles [os invasores] saiam do território, mas nós estamos com medo”, relatou, descrevendo que os invasores chegaram em uma balsa de dois andares e carregada com grande quantidade de "equipamentos pesados".

Juma Xipaia também acionou o Ministério Público Federal, a Funai e outros órgãos de segurança para que reprimissem os invasores.

"Não são quaisquer garimpeirozinhos, não. São potentes. Então, a gente pede agilidade e apoio das autoridades e órgãos de Justiça, para que encontrem esses garimpeiros, porque a gente não sabe se eles vão voltar, que tipo de armas eles têm… não sabemos sequer onde eles estão agora", disse Juma em outro vídeo publicado em sua rede social.

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