Operação mira rede de crimes de ódio contra menores na internet
- Da Redação
- 15 de abr.
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Policiais civis do Rio de Janeiro realizam nesta terça-feira (15) uma operação voltada para desarticular uma organização criminosa que praticava crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. A operação Adolescência Segura, executada por agentes da Delegacia da Criança e dos Adolescentes Vítimas (DCAV) com apoio das polícias civis de sete estados, está cumprindo mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, além do Rio de Janeiro.
Dois homens já foram presos e dois adolescentes, apreendidos, segundo a Polícia Civil fluminense.
São investigados crimes de ódio, de tentativa de homicídio, de instigação ao suicídio, de maus-tratos a animais, de apologia ao nazismo e de armazenamento e divulgação de pornografia infantil.
As investigações começaram em fevereiro deste ano, depois da divulgação, ao vivo pela internet, de um ataque cometido por um adolescente contra uma pessoa em situação de rua. Na agressão, o jovem lançou um coquetel molotov contra a vítima, que estava dormindo e que teve 70% de seu corpo queimado.
A partir disso, e, após monitoramento e cruzamento de dados, policiais da DCAV descobriram que o crime bárbaro não se tratava de um fato isolado. Os administradores do servidor utilizado no crime compunham verdadeira organização criminosa altamente especializada em diversos crimes cibernéticos tendo como principais alvos crianças e adolescentes.
“A atuação do grupo é tão significativa no cenário virtual que mereceu a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que emitiram relatórios sobre os fatos, contribuindo com o trabalho dos policiais civis envolvidos no caso”, diz a polícia civil.
As investigações constataram que o ataque não foi isolado e que os administradores do servidor que veiculou o vídeo do ataque compunham uma organização criminosa especializada em crimes cibernéticos.
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso se espalhava por diferentes plataformas digitais, onde manipulavam psicologicamente crianças e adolescentes, aliciando-os. A investigação contou com o apoio de duas agências norte-americanas, que fizeram relatórios sobre a atuação da organização criminosa.
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