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Operação que apura corrupção mira Jair Renan Bolsonaro


(Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) intimou Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a prestar depoimento nesta sexta-feira (25), no âmbito da Operação Nexum.


Deflagrada na última quinta-feira (24), a operação investiga um grupo suspeito de usar empresas de fachada e laranjas cujas atividades configuravam falsidade ideológica, venda ilegal de armas, associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.


Segundo a investigação, eram usados no esquema o clube de tiros Academia de Tiro 357, frequentado por Jair Renan e Diego Pupe, e a empresa BR Eventos, que pertencia a Jair Renan até março.


Os alvos da operação, segundo o G1, são Jair Renan, Maciel Alves de Carvalho, fundador do clube de tiros e instrutor de Jair Renan, Marco Aurélio Rodrigues e Eduardo Alves.


O principal investigado é Maciel Alves de Carvalho, acusado de ser o líder do esquema. Ele é suspeito de usar o clube de tiros como fachada para venda ilegal de armas e, de acordo com a investigação, chegou a ter dez CPFs registrados em seu nome. Com o depoimento de Pupe, a polícia busca apurar a relação entre Carvalho e Jair Renan.


Já Marco Aurélio Rodrigues, que figura como sócio-administrador do clube de tiros desde 2021 e da BR Eventos desde março deste ano, e Eduardo Alves, que está foragido, são suspeitos de atuar como laranjas no esquema.


De acordo com a PCDF, o grupo investigado criou a identidade fictícia chamada Antonio Amancio Alves Mandarrari, usada para abertura de contas bancárias e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de laranja.


Jair Renan teve seu celular e HD apreendidos pela polícia na quinta-feira. Ele recebeu o apoio do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse a jornalistas estranhar o envolvimento do nome do irmão na operação.


"Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer isso, ele está trabalhando. Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro", disse o senador, que responde a processo por desvios milionários em esquema de "rachadinhas" em gabinete parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

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