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Ordo: ampliação de tarifa social poderá coibir serviços ilegais

A Ação Ordo, que contabiliza 67 presos em quatro dias, ganha um passo importante para combater atividades criminosas. O Governo do Estado alinhou nesta quinta-feira (18/7), junto às concessionárias Iguá, Águas do Rio, Naturgy, Light, Oi e Claro, a ampliação da tarifa social para famílias de baixa renda. A medida busca tornar o preço competitivo, fechando as possibilidades para exploração ilegal dos serviços.

Divulgação / Governo do Estado do Rio

Serão realizadas reuniões de trabalho para planejar e viabilizar a proposta, que poderá incluir a expansão de projetos sociais nas comunidades que fazem parte do cinturão da Ação Ordo.


"O monopólio da força é do Estado. Não vamos permitir que criminosos impeçam a atuação das concessionárias nas comunidades. Somos o garantidor desses serviços. Vamos combater o crime organizado cortando o braço financeiro que é essa exploração. A ação conjunta é um marco histórico para o Rio de Janeiro", declarou o governador Cláudio Castro.


Na reunião, o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, por determinação do governador Cláudio Castro, concedeu apoio às concessionárias, tanto para a melhoria dos serviços, quanto para questões regulatórias que possibilitem a redução da tarifa social.


"Os serviços prestados de maneira inadequada têm deixado um vácuo para que sejam explorados por criminosos. Muitas pessoas que vivem em áreas de baixa renda adquirem serviços clandestinos por falta de condições financeiras ou por se sentirem coagidos. O Estado está nessas áreas inibindo a atuação desses grupos, levando serviços legais e agora planejando soluções para que os serviços sejam acessíveis para todos. Assim vamos combater facções que só conseguem comprar armas porque se alimentam da exploração dessa população. A intenção do Estado é levar a ordem", disse o secretário de Segurança, Victor dos Santos.


Durante as incursões da Ação Ordo para combater a exploração de serviços, a empresa de gás Naturgy realizou 100 vistorias e recuperou 58 medidores. Já a empresa de energia Light inspecionou 18 estabelecimentos, entre ferros-velhos, mercearia, loja de material de construção, mercado e igreja.


O prejuízo da concessionária com os desvios foi estimado em mais de R$ 280 mil. A operadora de telefonia Oi reconectou mais de 600 clientes, apenas na Cidade de Deus, restabelecendo serviços e antenas. A Águas do Brasil identificou 75% de perdas nas áreas de atuação.


"Hoje recebemos representantes de concessionárias que já são parceiras do Estado e estão em constante diálogo com o governo. Nós acompanhamos regularmente essas concessões e estamos prontos para ajudar nessa retomada de serviços e ações para a população. Pedimos também para essas empresas que, com essa ação, a tarifa social seja ampliada. O Estado poderá ajudar com mecanismos de compensação", enfatizou o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione.


Também participaram da reunião o secretário estadual de governo, André Moura, e o secretário de Polícia Militar, coronel Menezes.


Ação Ordo


Neste quarto dia de ação, após receberem denúncia, policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar, encontraram na Cidade de Deus - com a ajuda de dois cães farejadores - dois tonéis enterrados com mais de 2.300 munições para fuzis de diferentes calibres, 5 granadas, duas pistolas e 20 carregadores, causando um prejuízo de mais de R$ 177 mil às organizações criminosas.


Em fiscalização contra o transporte irregular, agentes da Polícia Militar monitoraram pontos na Taquara e em Jacarepaguá. A ação foi realizada com apoio do Detran, do Detro e de órgãos da Prefeitura do Rio. Foram 108 veículos abordados, 70 veículos autuados, 2 carros e 9 motocicletas removidos.


A Secretaria de Estado do Ambiente, junto ao Inea, fez vistoria em uma empresa de distribuição de água, que operava de forma irregular em Vargem Grande, na Zona Oeste. Os técnicos encontraram oito cisternas de 20 mil litros em situação precária. Os tanques também estavam sem hidrômetro. A atividade foi interrompida.


Os órgãos de segurança e de ordem pública realizaram operação em um ferro-velho na Taquara, com apoio das concessionárias. O alvará estava irregular e o local foi interditado por 48 horas.


Agentes da Polícia Civil também atuam no monitoramento das 14 comunidades, além da Chacrinha, na Praça Seca.


Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

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