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Padre Júlio recebe título de cidadão niteroiense


Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Câmara de Niterói concedeu ao padre Júlio Lancellotti o título de Cidadão Niteroiense, uma das maiores honrarias do legislativo municipal. O projeto, de iniciativa do vereador prof. Túlio (PSOL), foi aprovado na última quarta-feira (9/6).


Nascido em São Paulo, em 1948, o padre Júlio Renato Lancellotti, Pároco de São Miguel Arcanjo da Mooca e Vigário Episcopal para o Povo da Rua, é uma das maiores referências em matéria de direitos humanos no Brasil contemporâneo. Sua história é marcada pela luta luta na defesa e na promoção dos direitos das pessoas em situação de rua, além de seu sólido posicionamento contra a intolerância religiosa e contra a LGBTfobia.


O padre Júlio também foi um dos articuladores e formuladores do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e fundador da Casa Viva, de acolhimento de crianças portadoras do HIV. Em 2015, lavou os pés da modelo trans Viviany Beleboni, ameaçada por fundamentalistas após participar da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo representando Jesus crucificado. Em entrevista à época, afirmou o padre Júlio: “Estou do lado que Jesus queria que eu estivesse”.


"Padre Júlio costuma dizer que está ao lado dos odiados e perseguidos. Esse posicionamento, por vezes, também o faz ser perseguido e vítima de verdadeiro discurso de ódio. Mas ele está ciente, mais que dos riscos, de seu papel na História", justificar o vereador Túlio.


Neste ano de 2021, aos 72 anos de idade, o padre Júlio Lancellotti empunhou uma marreta para retirar, ele próprio, pedras que haviam sido colocadas pela Prefeitura de São Paulo embaixo de um viaduto para impedir a presença de pessoas em situação de rua no local; no dia seguinte a Prefeitura recuou de sua política e retirou todas as pedras do local.


Durante uma de suas missas, o padre agradeceu a honraria e dedicou o título ao ator niteroiense Paulo Gustavo, que morreu neste ano vítima de complicações causadas pela covid-19.


"Eu fiquei feliz por ser cidadão de Niterói, como tanto irmãos de lá que lutam, e também como Paulo Gustavo, que era cidadão de Niterói. Eu fiquei realmente muito feliz e ofereço essa alegria de ser cidadão de Niterói ao Paulo Gustavo e ao professor Túlio, que me concedeu o título e apresentou à Câmara este pedido", disse o padre.

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