Paes quebra promessa e pedágio volta à Linha Amarela
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), ao afirmar nesta sexta-feira em rede social que não pretende recorrer da liminar da Justiça que definiu prazo de 30 dias para a Prefeitura tomar uma decisão sobre a administração da Linha Amarela, mostrou que seu discurso sobre cobrança de pedágio valeu só até a eleição. Desde setembro, por decisão judicial, não há cobrança por parte da concessionária em razão de uma ação promovida na gestão do ex-prefeito Marcelo Crivella.
Em novembro, no horário eleitoral na TV, Paes afirmou textualmente que: "Dependendo do valor de ressarcimento que a Justiça definir, nós vamos poder assumir a via e continuar sem cobrar o pedágio".
Nesta sexta-feira, além de dizer que não vai recorrer para manter o pedágio gratuito, o prefeito afirmou que pretende negociar com a empresa uma "redução bastante grande" no preço.
"O valor do pedágio da Linha Amarela é inaceitável. Tanto que nos últimos anos do meu governo eu não pratiquei nenhum aumento. Esse novo operador vai ter que praticar um preço justo e que priorize a população. Sempre vamos respeitar contratos, mas sem admitir qualquer tipo de abuso", disse Paes, citado elo Globo, acrescentando que caso a proposta não seja aceita, a prefeitura vai assumir a via e realizar em seguida uma licitação para definir novo operador.
A secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio, já havia adiantando o plano de reduzir o pedágio em entrevista ao Globo na última terça-feira.
"A gente crê que o pedágio poderia voltar, mas o valor atual está muito elevado (R$ 7,50 antes da suspensão)", disse Celidônio, explicando que há estudos feitos pelos diversos órgãos com cálculos diferentes e estão sendo analisados para "conversar com a concessionária para termos um preço justo".
Veja o vídeo em que Eduardo Paes fala em assumir a Linha Amarela e continuar sem cobrar pedágio.
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