Para Bolsonaro, antifascistas são terroristas e marginais
O presidente Jair Bolsonaro classificou nesta quarta-feira (3) como "terroristas" e "marginais" os movimentos antifascistas que recentemente saíram às ruas no Brasil para se manifestarem contra o governo e a favor da democracia.
A fala do presidente brasileiro, na porta do Palácio do Planalto, aconteceu quando ele foi perguntado por um apoiador sobre a situação dos protestos nos Estados Unidos.
"Olha, começou aqui [no Brasil] com as 'antifas' nas ruas. Uma razão, na minha opinião, política, diferente [dos Estados Unidos]. São marginais, na minha opinião, terroristas", afirmou Bolsonaro.
No domingo passado, torcedores de vários clubes de futebol protestaram a favor da democracia na Avenida Paulista, em São Paulo, e em outras cidades do país, em resposta aos atos da extrema-direita nas últimas semanas.
Houve tensão e alguns confrontos com os apoiadores de Bolsonaro, que têm se manifestado pedindo intervenção militar, fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) – estas, todas medidas antidemocráticas e vedadas pela Constituição.
Atletas pela democracia
Diversos atletas estão se organizando pelo whatsapp para formar um grupo de esportistas em defesa da democracia, segundo publicou nesta quarta-feira (03) o jornalista Demétrio Vecchioli, no UOL.
Entre os participantes estão os ex-jogadores de futebol Raí, Casagrande e Grafite e a ex-nadadora Joanna Maranhão.
Ex-meia do São Paulo e da Seleção Brasileira, e irmão do ex-jogador Sócrates - ativista da campanha das "Diretas já!", em 1984, e já falecido -, Raí vem se apresentando um crítico declarado do governo Jair Bolsonaro.
Atletas de outros esportes também estão ajudando a organizar o grupo pró-democracia, como as ex-jogadoras de vôlei Ana Moser, Fabi, Isabel e Fernanda Garay.
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