Paralímpica: Brasil fatura cinco ouros em um só dia
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Paralímpica: Brasil fatura cinco ouros em um só dia


Petrúcio Ferreira comemora vitória nos 100m logo após cruzar a linha de chegada (Foto: Ale Cabral/CPB)

O Brasil conquistou cinco ouros e um total de nove medalhas nesta sexta-feira (27), pelo terceiro dia dos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

O atletismo foi a modalidade que obteve mais douradas para o país neste dia, com quatro campeões paralímpicos – Yeltsin Jacques (5.000m pela classe T11), Silvânia Costa (salto em distância pela classe T11), Petrúcio Ferreira (100m rasos pela classe T47) e Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55).

O outro primeiro lugar no pódio do país aconteceu na natação, com a vitória de Wendell Belarmino nos 50m livre da classe S11.


As outras quatro medalhas do Brasil desta sexta também foram conquistadas por atletas destas duas modalidades. Pelo atletismo, Washington Assis conquistou o bronze, na mesma prova dos 100m pela classe T47, com o tempo de 10s68, assim como João Victor, que ficou no terceiro lugar na prova do arremesso do peso pela classe F37, com a marca de 14,45m.

Já pela natação, o paulista Gabriel Bandeira, que já havia conquistado o ouro nos 100m borboleta, pela classe S14 (para atletas com deficiência intelectual) na última quarta, levou agora a prata nos 200m livre, enquanto a pernambucana Carol Santiago ficou com o bronze 100m costas pela classe S12.

Agora, o país soma 17 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com seis ouros, quatro pratas e sete bronzes.

Com estas conquistas deste dia, o Brasil chegou agora a 93ª medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, faltando sete para a 100ª. Ainda são 116 de prata e 109 de bronze. Vale ressaltar que o país está entre as 20 nações que mais medalharam em toda a história do megaevento paradesportivo.

Atletismo

O Brasil começou as provas do atletismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que acontecem no Estádio Olímpico de Tóquio, com duas medalhas de ouro conquistadas por Yeltsin Jacques, fundista da classe T11, para cegos, e Silvânia Costa, no salto em distância também da classe T11.

O primeiro atleta a disputar uma prova do atletismo na capital japonesa foi Yeltsin Jacques, do Mato Grosso do Sul, nos 5.000m pela classe T11, para cegos. O tempo do fundista brasileiro foi de 15min13s62 na prova e chegou à frente dos japoneses Kenya Karasawa e Shinya Wada, que completaram o pódio.

Logo em seguida, foi a vez da saltadora também sul-matogrossense Silvânia Costa conseguir o lugar mais alto no pódio ao saltar 5,0m na sua quinta tentativa e ficar com a medalha de ouro. Outra brasileira na mesma disputa, Lorena Spoladore ficou na quarta colocação.

Já à noite (do Japão) e de manhã (do Brasil), aconteceu uma das provas mais aguardadas da modalidade e o velocista paraibano Petrúcio Ferreira manteve a escrita de se manter como o homem paralímpico mais rápido do mundo ao vencer os 100m rasos pela classe T47 (para amputados de braço), no estádio Nacional do Japão, em Tóquio.

O brasileiro fez o tempo de 10s53, cravando o novo recorde paralímpico, que era até então de 10s57, anotados pelo próprio atleta nos Jogos do Rio 2016.

Na mesma prova, o carioca Washington Júnior fez 10s68 e conquistou a medalha de bronze, atrás somente do polonês Michal Derus, que ficou com a prata. Já o paulista Lucas Lima, outro brasileiro envolvido na disputa, terminou a prova na oitava colocação, com a marca de 11s14.

Depois, foi a vez do carioca Wallace dos Santos ficar com o lugar mais alto do pódio e conquistar a primeira medalha de ouro nas provas de campo do atletismo brasileiro nos Jogos de Tóquio. Ele venceu a prova do arremesso de peso pela classe F55 (para atletas com deficiência no membros inferiores que competem em cadeiras de rodas), com a marca de 12,63m.

A marca, obtida na sexta tentativa de arremesso, também quebrou o antigo recorde mundial da prova, que era de 12,47m atingidos pelo búlgaro Ruzhdi Ruzhdi, principal adversário de Wallace na prova desta sexta e que ficou com a medalha de prata, com 12,23m.

Ainda pelo arremesso de peso, o carioca João Victor conquistou a medalha de bronze pela classe F37, com a marca de 14,45m, distância que também foi o recorde das Américas. Na mesma disputa, o também carioca Emanoel de Oliveira encerrou a participação na sétima colocação, com 13,63m.

Natação

Na manhã desta sexta-feira (27), o brasiliense Wendell Belarmino conquistou a medalha de ouro nos 50m livre da classe S11(para cegos) com o tempo de 26s03. O chinês Dongdong Chua ficou com a prata e o turco Edgaras Matakas terminou com o bronze. Na mesma prova, o brasileiro Matheus de Souza terminou na 6ª colocação.

"A ideia era vir, me divertir, tentar chegar ao pódio e nadar o mais rápido possível. Estou realizando três sonhos de uma vez só: nadar em uma edição de Jogos Paralímpicos, ganhar uma medalha e ser campeão paralímpico. Tudo isso fruto de um trabalho muito duro. Estou muito feliz com o resultado", afirmou Wendell Belarmino, logo após a prova.

E os pódios não pararam por aí. Ouro e recordista paralímpico nos 100m borboleta (classe S14), Gabriel Bandeira conquistou mais uma medalha no Centro Aquático de Tóquio. Com o tempo de 1min52s74, o paulista de Indaiatuba levou a prata nos 200m livre, apenas 34 centésimos atrás do britânico Dunn Reece, que bateu o recorde mundial da prova (1min52s40). O bronze ficou com Viacheslav Emeliantsev, do Comitê Paralímpico Russo (1min55s58).

"Foi uma prova muito forte. Eu e ele [Dunn Reece] nadamos para baixo do recorde mundial. Foi uma disputa boa. Não esperava ganhar esta medalha, mas estava com a energia tão boa para os 100m borboleta, que as outras provas caminharam juntas. Eu acho que vai dar bom [nas futuras disputas]", disse Gabriel.

Já nos 100m costas feminino, categoria S12, Carol Santiago conquistou a medalha de bronze com o tempo de 1min09s18, a 74 centésimos da britânica Hannah Russel, medalhista de ouro (1min08s44), Daria PikaLova, do Comitê Paralímpico Russo, ficou com a prata (1min08s76).

"Estou muito feliz. Eu queria muito esta medalha. Foi todo um trabalho colocado em uma prova. Acordei pensando como seria a competição e foi a melhor prova da minha vida. Toda a equipe ficou satisfeita. Deixei tudo na piscina. Todas as atletas estavam muito bem preparadas", analisou Carol.

Daniel Dias também disputou a final dos 50m borboleta, na classe S5. O brasileiro fez o tempo de 36s56 e terminou na sexta colocação. O pódio teve uma supremacia total da China, com Tao Zheng levando o ouro, Lichao Wang a prata e Weiyi Yuan o bronze.

No feminino, o Brasil tinha duas chances de medalha na final dos 50m borboleta classe S5, mas elas não vieram. Joanna Neves terminou na quarta colocação, enquanto Esthefany Rodrigues ficou em sétimo.

Tênis de Mesa

A catarinense Bruna Alexandre garantiu mais uma medalha para o tênis de mesa brasileiro nos Jogos Paralímpicos. A número 4 do ranking mundial da classe 10, venceu a taiwanesa Lin Tzu Yu por 3 a 0 (11/8, 11/8 e 11/7), garantindo o primeiro lugar no grupo B e passando de fase diretamente. Neste sábado, à 1h40 (de Brasília), ela disputa a semifinal e pode se qualificar para a decisão do título, contra a vencedora do confronto entre a taiwanesa Tien Shiau Wen e a turca Merve Demir. A decisão do ouro acontece na segunda-feira, às 6h45.

Mais cedo, Cátia Oliveira também garantiu medalha na classe 1-2, ao vencer a italiana Giada Rossi, número 1 do ranking mundial, nas quartas de final, por 3 a 0. Ela disputa a semifinal neste sábado, à 0h20, contra a sul-coreana Seo Su Yeon, atual campeã mundial e vice-campeã olímpica. Caso vença, busca o ouro no mesmo dia, às 7h15.

"Estou muito feliz de ter saído com uma vitória tão importante sobre a primeira do mundo. Estava bem nervosa depois da derrota que tive no jogo da fase de grupos. Mas consegui colocar a cabeça no lugar, entrei bem focada, com a estratégia bem acertada. Ainda não acabou. Amanhã tem outra pedreira. Vamos passo por passo, jogo por jogo. Continuem torcendo", avisou a vice-campeã mundial da classe 2.

Outro brasileiro passou perto de garantir presença entre os medalhistas. Diante do quarto colocado do ranking mundial, o chinês Liao Keli, Israel Stroh fez um jogo equilibrado no primeiro set, vencendo por 11 a 9, mas caiu muito de rendimento na segunda parcial, onde chegou a estar perdendo por 10 a 1. O chinês continuou dominando as ações nos sets seguintes, fechando a partida em 3 a 1 (11/9, 3/11, 3/11 e 3/11).

Transmissão

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 contam com a transmissão ao vivo dos canais SporTV e da TV Brasil.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

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