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Pazuello: Bolsonaro defende quebra da disciplina militar


General Eduardo Pazuello discursa no palanque ao lado de Bolsonaro, no Rio (Reprodução)

O impasse entre o Palácio do Planalto e o comando do Exército chega a um ponto crítico, com a Força sendo testada em seguir a política ou a disciplina militar, após transgressão do general Eduardo Pazuello ao participar de ato político com o presidente no Rio de Janeiro domingo passado. Jair Bolsonaro disse ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que não gostaria de ver o ex-ministro da Saúde punido. A sinalização foi dada ao comandante durante a viagem dos dois ao município de São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas, onde Bolsonaro fez uma visita de dois dias a partir da última quinta-feira (27).

O regulamento militar proíbe manifestações políticas. Pazuello, que insiste em continuar na ativa sendo um dos principais alvos da CPI da Covid, pode ser advertido verbalmente, receber uma repreensão por escrito ou pegar 30 dias de cadeia em um quartel. O Exército vê como insuficiente a ideia de o general ir à reserva para diminuir a crise, segundo informações publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

O artigo 45 do estatuto militar é claro: “São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político.” Foi o que fez Pazuello em cima de um palanque da manifestação bolsonarista.

Entre generais quatro estrelas há um consenso de que não há nenhuma chance de Pazuello não ser punido e de que "Bolsonaro quer semear a anarquia". É o que Bolsonaro sempre defendeu, desde os tempos de tenente, quando ameaçava colocar bombas em quartéis para reivindicar melhores soldos.

Em sua defesa, Pazuello disse, basicamente, que não pode ser punido porque apoiava o cidadão Bolsonaro, e não o político. Também afirmou que o fato de Bolsonaro não ser filiado a um partido despolitizaria todo o evento. As declarações do ex-ministro, vista por generais como um deboche, só fizeram reforçar a necessidade de se fazer cumprir o estatuto dos quartéis.

Na última sexta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a aplicação da regra é necessária para evitar que "a anarquia se instaure" nos quartéis.

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