Pepe Escobar é destaque no 2º episódio de 'NO FIO DA HISTÓRIA'

O destaque do segundo episódio de 'NO FIO DA HISTÓRIA', nesta quarta-feira (23/7), foi a palestra 'Desafios e conquistas do mundo multipolar', do jornalista Pepe Escobar, durante o BRICS Press Meeting, com a participação do jornalista Leonardo Attuch, do portal de notícias Brasil 247. O encontro de profissionais de imprensa dos países do BRICS foi realizado pela Rádio e Jornal TODA PALAVRA em parceria com a TV Comunitária de Brasília, em Niterói, no dia 4 de julho, dois dias antes da Cúpula de chefes de estado do bloco, no Rio de Janeiro. Assista ao programa na íntegra.

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'NO FIO DA HISTÓRIA' é apresentado pelos jornalistas Luiz Augusto Erthal e Osvaldo Maneschy, com comentários do analista político Carlos Brizola Neto — ex-deputado federal e ex-ministro do Trabalho — e vai ao ar sempre às quartas-feiras, às 19h, pela rádio e pelo canal do TODA PALAVRA no YouTube.

Na palestra durante o BRICS Press Meeting, Pepe falou sobre sua experiência profissional; o começo da carreira na Folha de S.Paulo, escrevendo sobre música; a ida para o Estadão e o trabalho na antiga revista Carta. Falou sobre as viagens como correspondente na Ásia nos anos 1990, as passagens pela China e por Moscou, logo após a queda da União Soviética. E das andanças por Singapura, Bangkok e Hong Kong, sempre observando de perto e escrevendo sobre a realidade destes povos.

"Passei a entender a Ásia por dentro", conta ele, que se tornou repórter itinerante do jornal Asia Times.

Pepe Escobar também analisou as diferenças entre as mídias dos países que compõem o BRICS, falou sobre liberdade de imprensa em estados-nações; as mudanças ocorridas no jornalismo; e alertou sobre os perigos que a Inteligência Artificial pode representar para a segurança da humanidade, uma vez que está nas mãos dos donos bilionários das big techs, que nutrem a ambição de controlar a comunicação para dominar a política e a economia no mundo.

"Os oligarcas desmesurados das bigtechs, todos megalômanos autocentrados, são extremamente perigosos. O mais perigoso é de quem se fala menos. Peter Thiel, da Palantir, com seu CEO, Alex Karp. Esses caras são além de perigosos. Pra começar eles já estão infiltrados no governo americano", analisa ele, citando também a relação entre bigtechs e bigfinance.

Captura de tela

Soberania e independência

Nesta segunda edição de NO FIO DA HISTÓRIA, Carlos Brizola Neto, Osvaldo Maneschy e Luiz Erthal comentam fatos que marcaram a semana: o mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro e as medidas cautelares contra ele, com destaque para o uso de tornozeleira eletrônica; a chantagem do presidente dos EUA Donald Trump, com a taxação de 50% dos produtos brasileiros e a suspensão de vistos de ministros do STF; o resgate da soberania nacional; a regulamentação das big techs; e a filiação de Roberto Requião e seu filho, o deputado estadual do Paraná, Maurício Requião, ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).

"Trump e Bolsonaro deram a Lula a possibilidade de reverter a impopularidade", avalia Brizola Neto, sobre a tentativa do presidente norte-americano de interferir no judiciário brasileiro para livrar Jair Bolsonaro de uma possível condenação por tentativa de golpe de estado.

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Sobre o programa

'NO FIO DA HISTÓRIA' é um programa semanal com reportagens, entrevistas, análises e debates sobre os principais temas políticos, econômicos e sociais do Brasil e do mundo, apresentados em perspectiva com o pensamento trabalhista e nacional-desenvolvimentista. O jornalismo independente, desatrelado da pauta neocolonial predominante na mídia oligárquica, alimentada diariamente pelas agências de notícias ocidentais, é o compromisso desse programa semanal, com estreias sempre às quartas-feiras, às 19 horas.

O "fio da história" foi uma expressão cunhada pelo ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, para invocar uma linha de coerência política e um compromisso histórico dos líderes nacionalistas que lutaram por um desenvolvimento soberano do país e levaram o povo brasileiro às suas maiores conquistas econômicas e sociais.

O programa é o resgate dessa visão patriótica como base para a interpretação dos fatos e acontecimentos que envolvem a sociedade brasileira, hoje ameaçada pelo fascismo e pelo entreguismo, e as relações internacionais do Brasil dentro de um contexto de transformação geopolítica do atual modelo unipolar, neocolonial, imperialista e belicista, imposto pelo chamado Ocidente coletivo, em um mundo multipolar construído a partir de relações amistosas e igualitárias representado pelo BRICS e pelo Sul Global.