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Pesquisa XP: rejeição ao governo Bolsonaro dispara


A pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira revela que a rejeição ao governo Bolsonaro disparou no último mês, passando de 35% em dezembro para 40%. Na outra ponta, a aprovação despencou, de 38% para 32%. A pesquisa, realizada entre os dias 11 e 14 de janeiro, com 1.000 entrevistados, mediu a opinião pública no auge do agravamento da pandemia de coronavírus e da crise da vacinação no país. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Os entrevistados foram questionados sobre a disposição de se vacinar: 69% dizem que tomarão a vacina com certeza . Entretanto, entre os eleitores declarados de Bolsonaro em 2018, 58% afirmaram que irão se vacinar com certeza, enquanto 78% dos demais eleitores declararam tal intenção, uma diferença de 20 pontos percentuais.

Ainda em relação à pandemia, continuam em trajetória de alta desde outubro os que dizem estar com muito medo do coronavírus. São 42% em janeiro, contra 28% há três meses. Hoje, 56% acreditam que o pior ainda está por vir, contra 36% que dizem que o pior já passou. Cresceu também o percentual que diz ter intensificado o isolamento, saindo menos de casa do que nas últimas duas semanas: são 27% nessa condição, contra 21% na pesquisa de dezembro.

Em relação ao auxílio emergencial pago pelo governo até dezembro, 50% defendem que o governo recrie um benefício semelhante por mais alguns meses, embora apenas 27% digam acreditar que o governo tomará essa decisão, enquanto outros 47% acreditam que o governo não patrocinará uma nova rodada do pagamento.


Moro, Ciro e Haddad na disputa com Bolsonaro

Em relação às eleições de 2022, a pesquisa XP/Ipespe mostra que o presidente Jair Bolsonaro ainda mantém uma considerável liderança, com 28% nas intenções de voto, mas em tendência de queda. Empatados tecnicamente na segunda posição estão os ex-ministros Sérgio Moro (12%), Ciro Gomes (11%) e Fernando Haddad (11%). Atrás deles aparecem Luciano Huck (7%), Guilherme Boulos (5%), João Doria (4%), João Amoêdo (3%) e Luiz Mandetta (3%).

Na pesquisa espontânea, quando não há apresentação de candidatos, Bolsonaro se mantém na liderança com 22% (ele tinha 24% no mês passado). De maneira pulverizada, a menção a outros candidatos passou de 15% em dezembro para 19% em janeiro.

Jair Bolsonaro, que vencia numericamente Moro no segundo turno no levantamento anterior por 36% a 34%, agora foi ultrapassado pelo ex ministro, que bateria o atual presidente por 36% a 33%.

Bolsonaro ainda vence numericamente em todos os outros cenários de segundo turno em que é testado, mas dentro da margem de erro em relação a Haddad e Ciro Gomes (ambos por 40% a 37%). Boulos perderia por 44% a 31% e Huck por 38% a 34%, este também dentro da margem de erro.

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