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PF forjou depoimentos para atender interesses da 'lava jato'


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Delegada da PF Erika Marena: depoimentos que jamais ocorreram (Reprodução)

Novos diálogos de procuradores da Lava Jato enviados ao Supremo Tribunal Federal pela defesa do ex-presidente Lula nesta segunda-feira (22) mostram que delegados da Polícia Federal forjaram e assinaram depoimentos que jamais ocorreram. Tudo com a anuência dos procuradores de Curitiba. Uma das conversas se refere à delegada Erika Marena, que foi responsável por uma operação que perseguiu reitores em Santa Catarina e culminou com o suicídio do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, depois de ser preso ilegalmente e sofrer humilhação pública sob acusação de corrupção na universidade jamais provada.

Os procuradores revelam que Erika praticou uma falsificação. A delegada criou um falso termo de depoimento, simulando ter ouvido a testemunha com escrivão e tudo, "quando não ouviu nada". Em 2028, Marena foi convidada por Sergio Moro para integrar a equipe dele no Ministério da Justiça. Ela acabou exonerada junto com o ex-juiz.

A fraude consta de diálogo mantido entre os procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martello Júnior em janeiro de 2016 e divulgados nesta segunda-feira pelo site Conjur. Nele, eles relatam o que contou a delegada da Polícia Federal.

"Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada... Dá no mínimo uma falsidade... DPFs são facilmente expostos a problemas administrativos", disse Dallagnol.

Orlando Martello Júnior mostra preocupação com a possibilidade de descrédito da Lava Jato de Curitiba e diz que “se deixarmos barato, vai banalizar”.

Martello então propõe uma saída: “combinar com ela de ela nos provocar diante das notícias do jornal para reinquiri-lo ou algo parecido. Podemos conversar com ela e ver qual estratégia ela prefere. Talvez até, diante da notícia, reinquiri-lo de tudo. Se não fizermos algo, cairemos em descrédito”.

A sequência do diálogo, segundo a defesa de Lula, mostra que o uso de depoimentos forjados era algo reiterado pelo grupo de procuradores da força-tarefa para levar a resultados que em muitas vezes os atendiam politicamente. O diálogo segue na mensagem de Martello Júnior a Deltan Dallagnol.

“O mesmo ocorreu com padilha e outros. Temos q chamar esse pessoal aqui e reinquiri-los. Já disse, a culpa maior é nossa. Fomos displicentes!!! Todos nós, onde me incluo. Era uma coisa óbvia q não vimos. Confiamos nos advs e nos colaboradores. Erramos mesmo!”, diz.

“Se os colaboradores (delatores) virem uma reação imediata, vão recuar. O Moura quer ficar bem com JD e demais, ao mesmo tempo em q se da de bobo e nada acontece com ele. À prova, igualmente, fica prejudicada”, complementa Martello Júnior.

“Concordo, mas se o colaborador e a defesa revelarem como foi o procedimento, a Erika pode sair muito queimada nessa... pode dar falsidade contra ela... isso que me preocupa”, responde Dallagnol, afastado da Lava Jato no ano passado e responde a uma série de inquéritos.

As mensagens entre procuradores foram apreendidas e periciadas no curso da chamada "Operação Spoofing" da PF, e cujo acesso ao conteúdo foi liberado à defesa de Lula pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF.

Segundo os advogados do ex-presidente, o uso de termos de depoimentos forjados com clara intenção de atender aos interesses da “lava jato” era algo contumaz, admitido e tolerado por seus membros, contrariando o que diz a Constituição Federal em relação ao papel atribuído ao Ministério Público, qual seja, fazer o controle externo da atividade policial.

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