PF indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem no caso da 'Abin paralela'
- Da Redação
- 17 de jun.
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A Polícia Federal entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final sobre o suposto de esquema de espionagem ilegal montado na Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a chamada “Abin Paralela” durante o governo Jair Bolsonaro (PL). O documento pede o indiciamento de cerca de 30 pessoas, entre elas o ex-presidente, apontado como líder da organização criminosa, o filho Zero Dois vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Também foram indiciados vários policiais federais que já tinham sido afastados de suas funções públicas no ano passado devido às provas levantadas durante as investigações. Junto a eles, também foram apontados como integrantes da organização criminosa os ex-assessores de Bolsonaro que atuavam no chamado gabinete do ódio: Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes, conhecido como “Zueiro”.
As investigações indicaram a formação de uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas consideradas adversárias do governo, invadindo celulares e computadores durante a gestão Jair Bolsonaro.
Entre os alvos da espionagem ilegal estavam autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo, além de jornalistas.
O caso começou a ser apurado em 2019 após a descoberta do uso do software “First Mile” para o monitoramento ilegal de pessoas durante o governo Bolsonaro. A partir disso, as investigações mostraram que além do uso da ferramenta, a agência fez ações de monitoramento e outras operações de espionagem ilegal.
Entre os indiciados também está o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, apontado por tentativa de obstrução das investigações.
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