PF prende homem apontado como maior devastador da Amazônia
- Da Redação
- 3 de ago. de 2023
- 2 min de leitura

Nesta quinta-feira (3), a Polícia Federal prendeu em flagrante em Novo Progresso, no Pará, o empresário Bruno Heller, apontado como o maior devastador da Floresta Amazônica. A operação intitulada "Retomada" resultou ainda na apreensão de ouro bruto e uma arma ilegal durante a abordagem. O suspeito, segundo o Metrópoles, foi levado ao sistema prisional em Itaituba (PA), onde ficará à disposição da Justiça. Também houve ações da operação em Mato Grosso.
De acordo com as investigações, Bruno Heller liderava um esquema de invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na região amazônica. Estima-se que ele tenha devastado uma área equivalente a quatro vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha (PE), com agravante de ocupação de terras indígenas e unidades de conservação. Além da prisão do acusado, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos municípios de Novo Progresso (PA) e Sinop (MT).
O suspeito que já tinha recebido 11 autuações e seis embargos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Ele também é suspeito de invadir e causar danos ambientais em áreas da Terra Indígena Baú, no município de Altamira, no Pará, onde vivem os povos indígenas Kayapó e Pu´rô.
A Justiça determinou o bloqueio de 16 fazendas, 10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões pertencentes ao grupo criminoso do qual Heller é apontado como chefe. A medida tem como objetivo garantir um valor mínimo para a recuperação de recursos florestais extraídos e da área atingida.
Segundo o inquérito instaurado na Polícia Federal, o grupo criminoso fraudava Cadastros Ambientais Rurais, transferindo a posse de áreas da floresta para terceiros, especialmente familiares, que posteriormente eram desmatadas para criação de gado. Dessa forma, os verdadeiros responsáveis pelas atividades ilegais tentavam se resguardar de processos criminais e administrativos, desviando a responsabilidade para os participantes sem patrimônio.
Comments