PF quer prisão de deputado que disse ter dado dinheiro a golpistas
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A Polícia Federal vai pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine a prisão do deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO), que em discurso na Assembleia Legislativa de Goiás afirmou que "deveria estar preso" por ter ajudado "a bancar" manifestantes golpistas que atacaram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro.
O parlamentar bolsonarista admitiu ter enviado dinheiro e alimentos aos golpistas acampados no Quartel-General do Exército, em Brasília. A fala dele foi transmitida na TV Alego e nas redes sociais da Casa.
“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou.
A declaração do deputado foi em defesa da soltura do coronel da Polícia Militar Benito Franco, ex-chefe das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), em Goiás. Ele foi preso em abril, durante uma das fases da Operação Lesa Pátria, feita pela Polícia Federal contra pessoas que de alguma forma participaram da tentativa de golpe de Estado contra o governo Lula. Em dezembro de 2022, o policial gravou um vídeo afirmando que o atual presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomaria posse do cargo. Ele é filiado ao Partido Liberal (PL) e foi candidato a deputado federal nas eleições de 2022, mas não foi eleito.
O coronel PM deixou a prisão na última quarta-feira (7), um dia depois em que o deputado goiano assumiu a participação nos ataques em Brasília. Após a repercussão, ele recuou e negou ter financiado os atos terroristas.