PGR investiga ataques bolsonaristas contra o STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR), a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, abriu na noite deste domingo (14) uma investigação para apurar o disparo de fogos de artifício contra o prédio da Corte, durante uma manifestação de bolsonaristas no último sábado. Uma perícia no local foi solicitada para avaliar possível dano ao edifício e para obter eventuais provas.
Toffoli enviou o mesmo pedido de procedimento para a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal também investigarem o ato dos manifestantes.
Em nota, o presidente do Supremo afirmou que a Corte não se sujeitará a nenhum tipo de ameaça, e classificou o evento como mais um ataque não só ao STF como a todas as instituições democráticas. Toffoli pede a responsabilização penal “daquele(s) que deu/deram causa direta ou indiretamente, inclusive por meio de financiamento, dos ataques e ameaças dirigidas ao Supremo Tribunal Federal e ao Estado Democrático de Direito".
Além de lançar fogos de artifício em direção ao prédio do STF, alguns integrantes da manifestação também xingavam ministros da Corte, chamando-os de "bandidos", conforme imagens divulgadas em redes sociais.
A PGR também pediu informações sobre Renan da Silva Sena, um dos apoiadores do presidente que foi preso e depois liberado neste domingo pela polícia do Distrito Federal.
O ministro da Educação, Abrahan Weintraub, também participou de manifestação neste domingo a favor do presidente Jair Bolsonaro, junto com um grupo de cerca de 15 manifestantes que furaram o bloqueio na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Agricultura.
Na noite de sábado, após a queima dos fogos, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, baixou um decreto e proibiu o trânsito de veículos e pedestres entre as 0h e as 23h59 de domingo na Esplanada dos Ministérios. Outra medida tomada pelo governador foi a exoneração do subcomandante da Polícia Militar, Sérgio Luiz Ferreira de Souza.