PGR retoma delação que atinge amigo de Moro
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PGR retoma delação que atinge amigo de Moro


Presidente Jair Bolsonaro, PGR Augusto Aras e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, retomou a negociação de um acordo de delação premiada com o advogado Tacla Duran, que disse ter pago US$ 5 milhões, cerca de R$ 30 milhões em moeda atual, ao também advogado Carlos Zucolotto, amigo do ex-juiz Sérgio Moro, para obter vantagens em seu acordo de delação premiada com a Lava-Jato em 2016. A decisão de Aras é vista como "desengavetamento" de uma delação que se achava encerrada.

Sérgio Moro reagiu, segundo a jornalista Bela Megale, no jornal O Globo, "perplexo" e "indignado" com a decisão do procurador-geral.

Os relatos feitos por Tacla Duran sobre Carlos Zucolotto, padrinho de casamento de Moro, foram investigados pelo Ministério Público Federal e arquivados em 2018, sob o argumento de que faltou a comprovação de crimes. Duran afirmou ter pago os US$ 5 milhões a Zucolotto para diminuir o valor de sua multa, acordada inicialmente em R$ 55 milhões, o que não aconteceu.

A nova negociação de delação ocorre em um momento no qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, autorizou a abertura de um inquérito para investigar as acusações de Sérgio Moro sobre possíveis tentativas de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF). A investigação pode apontar para crime de responsabilidade do presidente - passível de impeachment.

Segundo as informações publicadas no jornal O Globo, um integrante do gabinete do procurador-geral afirmou que as tratativas para as negociações da colaboração premiada começaram por iniciativa da defesa de Tacla Duran há cerca três meses, antes, portanto, do rompimento entre Moro e Bolsonaro.

Augusto Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao cargo mesmo sem estar na lista tríplice do Ministério Público Federal.

Tacla Duran está foragido no exterior pelo menos desde novembro de 2016, quando foi alvo de um mandado de prisão determinado por Sérgio Moro. Duran tentou negociar uma delação, mas, de acordo com fontes que acompanharam as tratativas, ele não queria admitir que atuou como operador financeiro de contas da Odebrecht fora do Brasil e não queria devolver o patrimônio mantido em contas no exterior. Ele não foi preso e até está na Espanha, país que negou sua extradição.

Tacla Duran é réu em quatro ações penais movidas pela Lava Jato, acusado de operar esquemas de lavagem de dinheiro para várias empreiteiras e diferentes partidos políticos.

Em nota, o advogado Sebastian Suárez, que defende Duran, afirmou que ele "tem status de testemunha protegida nos termos das convenções da ONU contra corrupção e crime organizado". "A condição de testemunha protegida enseja uma série de medidas de proteção e segurança, entre elas sigilo amplo e irrestrito".

Zucolotto disse que nunca conversou diretamente com Tacla Duran e afirmou que apenas foi contratado pela irmã dele para extração de cópias em processos de execução fiscal.

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