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PIB: Brasil cresce a 2,5% e pode se tornar 8ª economia do mundo


(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 2,5% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país) apresentou alta de 0,8%. No acumulado de 12 meses, o crescimento do PIB soma 2,5%.


O resultado ficou em linha com a expectativa do mercado financeiro, que esperava um aumento do PIB entre 0,6% e 0,9%. Alta do setor de serviços e crescimento do consumo das famílias explicam o resultado positivo da economia brasileira, segundo o IBGE.


Em um recorte setorial, a indústria e os serviços cresceram 2,8% e 3% respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a agropecuária foi o único setor que registrou queda, de 3%.


"Pelas questões climáticas, especialmente o El Niño [aquecimento das águas do oceano Pacífico], já se sabia que não seria um ano bom para a agropecuária", explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Ela ressalta que a pecuária está crescendo este ano, mas o comportamento da agricultura pesa mais no PIB.


O crescimento da indústria foi influenciado pelas indústrias extrativas (5,9%), que registraram o melhor resultado influenciadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro.


A queda da agropecuária se explica por alguns produtos agrícolas que têm safras significativas no primeiro trimestre, mas apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como soja (- 2,4%), milho (- 11,7%), fumo (- 9,6%), e mandioca (- 2,2%).


O consumo das famílias (4,4%) e as despesa do governo (2,6%) tiveram alta na comparação com o primeiro trimestre de 2023.


A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador que mostra o nível de investimento da economia, avançou 2,7%. As exportações cresceram 6,5%; enquanto as importações, 10,2%.


No primeiro trimestre de 2024, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023.


Comparação trimestral

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, ou seja, os três últimos meses de 2023, a alta de 0,8% representa uma retomada, após o recuo de 0,1% no fim do ano passado. Esse resultado de 0,8% é o maior desde o segundo trimestre de 2023, quando a economia cresceu 0,9%.


O setor de serviços puxou a variação positiva, com alta de 1,4% e destaque para “o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade de internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, explica o IBGE, acrescentando que nesse trimestre o país teve um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna.


O IBGE aponta que o crescimento do consumo das famílias foi motivado pela melhoria do mercado de trabalho e pelas taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.


Com mais consumo das famílias, a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.


Brasil ultrapassará Itália

Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), citadas pelo Globo, o PIB brasileiro subirá uma posição no ranking global neste ano, chegando à oitava posição.


A previsão do FMI é de que o PIB no país cresça 2,2% este ano e, ao fim de 2024, some US$ 2,331 trilhões (R$ 12,21 trilhões), ultrapassando a Itália, cuja economia terá um tamanho de US$ 2,328 trilhões (R$ 12, 26 trilhões).


Dessa forma, o Brasil, que tinha voltado ao grupo das dez maiores economias do planeta em 2023, vai avançar mais um degrau no ranking ainda neste ano, escreve a mídia. Uma curiosidade é que a Índia deve ultrapassar a Alemanha como terceiro maior PIB do mundo em 2027, diz o Fundo.


Pelas estimativas do FMI, o Brasil seguirá como oitavo na lista global de maiores economias até 2029, último ano para o qual o órgão traça projeções.


Com informações da Agência Brasil

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