Planta pode recuperar locais poluídos por mineradoras
Um estudo realizado pela ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) mostra a eficácia de uma planta aquática para recuperar ambientes afetados por rejeitos de minério de ferro. Os cientistas avaliaram o potencial da taboa e do hibisco em programas de fitorremediação — como são chamados os processos de recuperação ambiental que utilizam plantas como agentes de purificação.
A pesquisa concluiu que a taboa (Typha domingensis) é mais eficiente, em razão do padrão das raízes. A planta também demonstrou maior capacidade de acidificação e de acumular ferro na parte aérea. Segundo os pesquisadores, o resultado é importante para se pensar em estratégias de recuperação ambiental no futuro.
A pesquisa foi realizada no estuário do Rio Doce, no distrito de Regência, no Espírito Santo. O local, em 2015, recebeu parte dos 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos liberados no rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG) — o maior desastre ambiental registrado no Brasil.
*Com informações da Agência FAPESP.
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