Polícia indicia diretores de empresa por poluição das águas do Guandu, no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou quatro pessoas por suspeita de lançamento indevido de material poluente em rios da bacia do Guandu. Todos são ligados a uma empresa da região, que atua no ramo da fabricação de sabões e detergentes.
O inquérito, concluído pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), apurou a responsabilidade de sócios e diretores da empresa.
A DPMA considerou que a empresa foi responsável pelo lançamento de produto surfactante (usado para reduzir a tensão superficial de líquidos), em suas galerias de águas pluviais, com base em perícias realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Em agosto do ano passado, foi detectada uma espuma branca espessa no rio Guandu, o que fez com que a Cedae suspendesse o abastecimento de água de grande parte da região metropolitana do Rio.
Maior estação de tratamento do mundo
A Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, em Nova Iguaçu, é responsável por 80% do abastecimento de água da região metropolitana do Rio de Janeiro. Isso inclui os municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados. O Guandu deságua na Baía de Sepetiba. A captação de água para tratamento é feita após 43 quilômetros de percurso do rio, em Nova Iguaçu.
Com uma vazão de 43 mil litros por segundo, a estação de tratamento atende a mais de 9 milhões de pessoas, Desde 2007, a ETA Guandu está no Guinness Book , o Livro dos Recordes, como a maior estação de tratamento de água do mundo em produção contínua, segundo informações da Cedae.
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