Prefeitura do Rio proíbe Feira de Acari
A Prefeitura do Rio proibiu o funcionamento da Feira de Acari. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou a medida na segunda-feira (22/1), por meio de uma rede social, e o decreto assinado por ele foi publicado na edição desta terça-feira (23/1) do Diário Oficial do Município.
“Não é aceitável que uma ‘feira’ repleta de produtos de origem desconhecida tenha seu funcionamento normalizado na cidade”, disse o prefeito.
No decreto, a prefeitura argumenta que “no ano de 2022 o estado do Rio de Janeiro sofreu prejuízo de quase R$ 390 milhões no que se refere ao roubo de cargas” e que “no ano de 2023, 30% dos roubos de carga no Brasil se concentraram no estado do Rio de Janeiro”.
A prefeitura também afirma a necessidade da proibição da Feira para ordenamento e desobstrução do espaço, combate ao comércio de produtos sem procedência e combate ao crime organizado. A Feira não é autorizada pela Prefeitura, bem como relatórios da SEOP (Secretaria Municipal de Ordem Pública) identificaram “a sua ligação com organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas, roubo de carga, furto de energia e contrabando”.
Ainda segundo o prefeito, “O secretário Brenno Carnevale já está orientado a se articular com as forças policiais para impedir a instalação da referida feira.”
Polícias Militar e Civil vão reforçar ação da Prefeitura
O governador Cláudio Castro determinou que as forças estaduais de segurança apoiem a ação da Prefeitura do Rio para proibir o funcionamento da feira pública realizada em Acari. A estratégia de ação integrada será definida em reunião na Secretaria de Polícia Militar com representantes da prefeitura nesta quarta-feira (24/1).
"Não admitimos o comércio ilegal ou a dúvida sobre o origem de produtos. Para isso, daremos todo o suporte necessário por meio das nossas secretarias de Polícia Militar e de Polícia Civil", destaca Castro.
Na Polícia Civil, a comercialização de produtos e de animais na feira de Acari é investigada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
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