Prefeitura libera público para jogo do Flamengo na Libertadores
Finalmente, a diretoria do Flamengo conseguiu o que buscava desde os primeiros meses da pandemia do coronavírus: a Prefeitura do Rio liberou nesta sexta-feira (30) a presença de público no Maracanã para a próxima partida do Flamengo pela Libertadores da América. Não com casa cheia, mas a autorização para ter até 10% da capacidade do estádio tomada no jogo de volta contra o Olímpia, do Paraguai, no dia 18 de agosto, pelas quartas de final (mata-mata) da competição.
A decisão do prefeito Eduardo Paes envolve algumas condições: os torcedores deverão apresentar comprovação do esquema vacinal contra Covid-19 completo pelo menos 15 dias antes da partida ou apresentar resultado negativo de teste para o coronavírus. O exame precisa ser feito em até 48 horas do início do jogo por um laboratório autorizado pelo clube organizador. O uso de máscara também será obrigatório no estádio, assim como o distanciamento social de dois metros entre cada torcedor ou família.
A diretoria do Flamengo queria usar o Maracanã com pelo menos 30% da capacidade, já que o prefeito anunciou na quinta-feira que vai permitir a presença de 50% da capacidade a partir de 2 de setembro, devendo ser estendida a 100% a partir de 17 de outubro.
O prefeito não informou como se poderá evitar fraudes como aconteceu no estádio na final da Copa América, quando torcedores argentinos entraram no Maracanã com testes PCR falsos, revelado na época pelo Globo.
Pressões
Desde o início da pandemia de covid-19, o presidente Rodolfo Landim, bolsonarista, pressionou pela volta da torcida aos estádios e até buscou apoio do presidente Jair Bolsonaro, que sempre defendeu a ideia.
Nesta semana, Landim foi designado pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro como um dos interventores na presidência da CBF. A Confederação Brasileira de Futebol vinha sendo pressionada a apoiar o retorno de público aos estádios.
Na quarta-feira, Rodolfo Landim foi denunciado pelo Ministério Público Federal por crime de gestão fraudulenta, juntamente com outras quatro pessoas acusados de terem atuado em uma operação financeira que causou prejuízo de mais de R$ 100 milhões a fundos de pensão de funcionários de estatais, através de empresa fundada por ele.
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