Presidente Bolsonaro não infectou ninguém até agora
Nenhuma pessoa que esteve com o presidente Jair Bolsonaro na última semana testou positivo para Covid-19 até esta terça-feira (7), quando ele próprio anunciou que está com coronavírus. Ao menos quatro ministros submetidos à testagem rápida tiveram resultado negativo para a doença. O embaixador norte-americano, com quem o presidente participou de um churrasco no sábado (4), também recebeu resultado negativo, segundo nota divulgada em rede social pela Embaixada dos Estados Unidos nesta terça-feira (7).
Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil; Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, foram os ministros que fizeram exames com resultado negativo.
Outros ministros que fizeram testes mas ainda não informaram o resultado são Jorge de Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, José Levi, da Advocacia-Geral da União (AGU), Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Fernando Azevedo, da Defesa, que esteve com Bolsonaro no churrasco na embaixada. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que também se encontrou com Bolsonaro nos últimos dias, fez o teste e, segundo sua assessoria, não apresenta sintomas. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda vai se submeter ao exame.
Segundo nota da embaixada norte-americana, o embaixador Todd Chapman e sua mulher, que também testou negativo, apesar disso, permanecerão em casa em quarentena. A embaixada também informou que está avaliando toda a equipe que pode ter sido exposta à Covid-19 durante o almoço com o presidente brasileiro, seu filho 02, deputado federal Eduardo Bolsonaro, e ministros. Na ocasião, todos posaram para fotos sem máscara e sem respeitar o distanciamento social.
Freixo: "Crime contra a saúde pública"
Logo após a entrevista que concedeu a jornalistas no Palácio Alvorada para dizer que seu teste deu positivo, Bolsonaro tirou a máscara que usava e continuou falando, contrariando as regras e expondo pessoas ao risco de contaminação. Essa atitude gerou por parte do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente, por colocar a vida de pessoas em risco. Freixo afirmou que o Bolsonaro cometeu “crime contra a saúde pública” e espera que ele responda por isso.
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