Presidente da Biblioteca Nacional envia carta ao Papa Francisco
- Mehane Albuquerque
- 13 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
O presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi, participará da Conferência Bibliotecas em Diálogo, promovida pela Biblioteca Apostólica Romana, entre os dias 14 e 16 de novembro, de forma virtual. Um problema oftalmológico inesperado o impediu de embarcar para participar presencialmente e encontrar o Papa Francisco. A FBN enviou um presente ao Pontífice: um exemplar do livro “A Biblioteca Nacional da Crônica da Cidade”, de Iuri Lapa e Lia Jordão. Uma caixa personalizada foi montada especialmente para abrigar a publicação.

A Conferência Bibliotecas em Diálogo reunirá representantes das maiores bibliotecas do planeta, que assinarão um documento conjunto sobre o papel das bibliotecas no futuro.
A FBN firmou, em março deste ano, um memorando de entendimento com a Biblioteca do Vaticano – umas das instituições culturais mais antigas do mundo - para cooperação mútua.

Leia abaixo um trecho da carta enviada ao Papa Francisco pelo presidente da FBN:
“A Biblioteca Nacional do Brasil, Santo Padre, constrói pontes em vez de muros; diálogos, não monólogos. Inspira confiança entre os vizinhos, de portas abertas, profundamente acolhedora, sem discriminar leitores e visitantes, oferecendo-lhes horizontes de cuidado e emancipação. E um elemento solidário, quando atendemos às partes mais remotas do Brasil, quando ministramos cursos de restauro nos países africanos e da América-Latina, ou quando as doações de livros editados pela BN adquirem uma perspectiva sensível, de que destaco a defesa da leitura no espaços de privação de liberdade.
Defesa da memória, diversa e plural. A Biblioteca posiciona-se contra a dissolução da identidade, contra as práticas veladas, ou abertas, de epistemicídio. A Biblioteca é um fórum permanente, onde nos tornamos contemporâneos, sem intervalo temporal, de Homero e Camões, Gelman e Goethe, Lima Barreto e Cervantes. Uma vasta riqueza da tradição oral, das várias etnias que nos dizem. Um olhar mais forte e emergente, a partir de uma integração das casas de memória e de leitura, ecossistemas da diversidade, para um futuro autossustentável”.
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