Presidente do TSE eleito diz que não tolerará milícias digitais
Alvo de constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, o ministro Alexandre de Moraes foi eleito nesta terça-feira (14) presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seu discurso, Moraes afirmou que não tolerará a atuação de milícias digitais que atentem contra a democracia. A partir de agosto, o magistrado substituirá Edson Fachin e ficará responsável por comandar o processo eleitoral deste ano. Ricardo Lewandowski será vice-presidente.
"Nossas eleitoras e eleitores não merecem a proliferação de discurso de ódio, de notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de cooptação, por coação e medo, de seus votos por verdadeiras milícias digitais. A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia do Brasil", afirmou o ministro, responsável pela prisão de "milicianos digitais", como o ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson.
Sem citar Bolsonaro em seu discurso, Moraes também afirmou que a Justiça Eleitoral garantirá eleições limpas, seguras e transparente", acentuando ainda: "Nossos eleitores merecem esperança nas propostas e projetos sérios de todos os candidatos".
Moraes ainda fez questão de frisar que, desde a redemocratização, cinco presidentes foram eleitos pelas urnas, demonstrando a confiabilidade do sistema eleitoral.
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