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Protesto em Paris contra veto a absorventes; veja vídeo

Atualizado: 11 de out. de 2021


(Reprodução)

Grupos de resistência fizeram, neste domingo (10), uma intervenção na fachada da embaixada brasileira em Paris contra o veto do presidente Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda e mulheres em situação de vulnerabilidade extrema. Nas diversas grades do prédio foram pendurados vários absorventes higiênicos, com as palavras de ordem "As mulheres vão te derrubar"; "Fora Bolsonaro", "Genocida", "600 mil mortos", "Mais saúde", entre outras palavras escritas em vermelho, em português e em francês. Segundo os coletivos Alerta França Brasil/MD18 e Ubuntu Audiovisual, a decisão de Bolsonaro foi uma "tentativa de atacar a dignidade da população feminina mais vulnerável".

"Cerca de 5 milhões de brasileiras estiveram ameaçadas de perder o acesso a um dos itens básicos da higiene feminina", destacaram as duas entidades, acrescentando: "Deixou de novo patente a falta de empatia e sensibilidade de um governante cruel e mesquinho, que despreza as mulheres."

"Com isso denunciamos a misoginia de quem ocupa a cadeira da Presidência e, ao mesmo tempo, reforçamos nossa solidariedade às mulheres que poderão ser afetadas, caso o levantamento do veto seja apenas mais uma bravata e não se concretize".

O projeto, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE), que prevê distribuição de absorventes íntimos femininos a estudantes de baixa renda de escolas públicas, mulheres em situação de rua e presidiárias, foi aprovado pelo Congresso em setembro. A oposição se articula para barrar o veto de Bolsonaro aos trechos que tratam da distribuição pelo governo federal.

Após a repercussão negativa do veto de Bolsonaro, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou uma nota para dizer que o governo está trabalhando para viabilizar a medida. “Apesar dos vetos, o Governo Federal irá trabalhar para viabilizar a aplicação dessa medida, respeitando as leis que envolvem o tema, para atender de forma adequada as necessidades dessa população”, diz o texto.

Já neste domingo, Bolsonaro disse, em entrevista no litoral de São Paulo, que caso o Congresso derrube o veto dele no PL, ele irá "tirar o dinheiro da Educação e da Saúde" para custear a ação.

Segundo o relatório Livre para Menstruar, do movimento Girl Up Brasil, estima-se que uma mulher gaste entre R$ 3 mil e R$ 8 mil ao longo de sua vida para comprar absorventes.

Ao considerar que a renda anual dos 5% mais pobres é de R$ 1.920, com base em dados da Pnad Contínua do IBGE 2020, esse grupo mais vulnerável precisa trabalhar até quatro anos só para pagar os absorventes. Segundo dados do IBGE, divulgados na sexta-feira (8), os absorventes higiênicos tiveram alta média de 1,42% no mês passado, acima da inflação no período, que ficou em 1,16%.



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