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'Que motivo eu teria para matar Marielle', diz Bolsonaro


(Reprodução)

Durante sua live semanal nesta quinta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou da escuta telefônica divulgada pela Folha de S. Paulo em que a irmã do miliciano Adriano Nóbrega diz que o Palácio do Planalto ofereceu cargos comissionados como pagamento pela morte de seu irmão. Bolsonaro negou que tenha qualquer relação com a morte do ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro durante uma operação da Polícia Militar na Bahia em fevereiro de 2020.

Ao se defender do áudio, Bolsonaro acabou mencionando a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018: “Alguém me aponte um motivo que eu poderia ter para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero, não dá nem para discutir mais. Os áudios dela, pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou: em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto”, disse Bolsonaro na live. “Nunca conversei com ela, pelo que eu lembre”, disse ainda, ao responder a um tuíte do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Ronnie Lessa, sargento da reserva da PM e vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, que está preso acusado pelo Ministério Público (MP-RJ) como o autor dos disparos que mataram Marielle e seu motorista Anderson Gomes, declarou, em entrevista à Veja em março deste ano, que o assassinato da vereadora teria sido intermediado pelo ex-capitão Adriano da Nóbrega, que comandava o Escritório do Crime, uma das milícias mais sanguinárias no estado.

Os áudios divulgados nessa quarta-feira (6) pela Folha revelam conexão entre o Palácio do Planalto e milícia. Os áudios mostram uma das irmãs do ex-policial conversando com uma tia dois dias após a morte de Nóbrega, que foi encontrado escondido no sítio do vereador Gilsinho da Dedé, do PSL, na época, o partido do presidente Bolsonaro. "Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo", declarou.

O miliciano era também suspeito de envolvimento no esquema das "rachadinhas" no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quando ele era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ). A ex-mulher e a mãe de Adriano foram acusadas pelo MP-RJ de serem funcionárias-fantasmas do gabinete de Flávio.

Em 2005, o então deputado federal Jair Bolsonaro defendeu o miliciano no plenário da Câmara dos Deputados.


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