top of page
banner 100 dias niteroi 780x90 11 04 25.jpg

Rússia anuncia conclusão do gasoduto Nord Stream 2


Trabalhadores no canteiro de obra do gasoduto Nord Stream 2, em Leningrado (Foto: Sputnik/Anton Vaganov)

A Rússia anunciou nesta sexta-feira (10) o fim da construção do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), após anos de tensões e sansões dos Estados Unidos. Construído sob o Mar Báltico e contornando Polônia e Ucrânia para levar gás natural da Rússia direto para a Alemanha, como o nome indica, o Nord Stream 2 é a segunda linha paralela do primeiro Nord Stream, inaugurado em 2011, e tem capacidade para transportar 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, volume que será dobrado com o segundo duto. Ambos somam quase 2.500 km de transporte subaquático de gás. Trata-se do maior gasoduto desse tipo no mundo.

O Nord Stream 2 pertence à estatal russa Gazprom, mas a metade de seu financiamento vem de empresas europeias, como a francesa Engie, a austríaca OMV, a anglo-holandesa Shell e as alemães Uniper e Wintershall. .

O presidente do Conselho de Administração da Gazprom, Aleksei Miller, anunciou o fim da construção do gasoduto Nord Stream 2.

"Na reunião operacional desta manhã na Gazprom, o presidente do Conselho de Administração, Aleksei Miller, informou que hoje às 8h45 no horário de Moscou [2h45 no horário de Brasília] a construção do gasoduto Nord Strem 2 foi totalmente concluída", indica um comunicado da empresa no Telegram.

Especialistas instalam último tubo da segunda linha do gasoduto Nord Stream 2 (Sputnik/Nord Stream 2)

Comentando o fim da construção, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse nesta sexta-feira (10) que é impossível parar o projeto, apelando para deixarem de criar obstáculos à infraestrutura.

Zakarova afirmou que os prazos das primeiras entregas comerciais pelo gasoduto Nord Stream 2 dependem do regulador alemão. Moscou espera que em breve os usuários europeus possam receber o gás russo através desta via, que é mais curta.

A Rússia espera que o Nord Stream 2 deixe de ser um motivo de confronto e apela à colaboração, disse na quinta-feira (9) a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo.

Há poucos dias, em 6 de setembro, a empresa Nord Stream 2 AG, operadora do projeto, informou ter instalado o último tubo da segunda linha do gasoduto. A empresa pretende começar a operar o Nord Stream 2 até o fim de 2021.

O gasoduto Nord Stream 2 é dividido em cinco setores: russo, finlandês, sueco, dinamarquês e alemão.

Os interesses dos EUA

Os Estados Unidos impuseram sanções às companhias que contribuíam para a construção do gasoduto, tentando interferir para que o gasoduto não fosse concluído.

A questão é delicada por opor os interesses geopolíticos e energéticos dos Estados Unidos aos da Alemanha, seu principal aliado na União Europeia. Para o governo alemão, que conta com o apoio do setor empresarial nacional, o Nord Stream 2 é fundamental para sua segurança energética e a do bloco europeu na totalidade.

Sem conseguir convencer aliados decisivos como a Alemanha, a Casa Branca partiu para uma prática comum nos últimos tempos: sanções econômicas. Assim, desde 2017, os EUA aprovaram o uso de sanções contra empresas envolvidas no Nord Stream 2.

"O receio regional na Europa é bem explorado politicamente pelos Estados Unidos, que sempre pretenderam diminuir a importância da Rússia como fornecedor de energia e a influência russa na Ucrânia. Não é segredo que diferentes governos americanos tentaram incluir a Ucrânia na OTAN e, com isso, avançar o posicionamento geopolítico da aliança militar ocidental. Para Moscou, tal projeção da OTAN é inaceitável", escreveu recentemente, em artigo publicado no Observatório Político dos EUA, Solange Reis, doutora em Ciência Política pela Unicamp, professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu).

Ainda de acordo com a especialista, com o desenvolvimento das reservas domésticas de xisto, os EUA se tornaram o principal produtor de gás e petróleo no mundo, seguido pela Rússia e pela Arábia Saudita, respectivamente. "Por questões de desenho industrial, grande parte do gás de xisto não pode ser aproveitado pelas refinarias americanas e precisa ser exportado sob a forma liquefeita, agora com preços mais competitivos do que no passado. É aqui que os países europeus aparecem como potenciais consumidores, e a Rússia cresce no papel de rival", escreveu.

Comments


banner 100 dias niteroi 300x250 11 04 25.jpg
Chamada Sons da Rússia5.jpg
Divulgação venda livro darcy.png

Os conceitos emitidos nas matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal. As colaborações, eventuais ou regulares, são feitas em caráter voluntário e aceitas pelo jornal sem qualquer compromisso trabalhista. © 2016 Mídia Express Comunicação.

A equipe

Editor Executivo: Luiz Augusto Erthal. Editoria Nacional: Vanderlei Borges. Editoria Niterói: Mehane Albuquerque. Editor Assistente: Osvaldo Maneschy. Editor de Arte: Augusto Erthal (in memoriam). Financeiro: Márcia Queiroz Erthal. Circulação, Divulgação e Logística: Ernesto Guadalupe.

Uma publicação de Mídia Express 
Comunicação e Comércio Ltda.Rua Eduardo Luiz Gomes, 188, Centro, Niterói, Estado do Rio, Cep 24.020-340

jornaltodapalavra@gmail.com

  • contact_email_red-128
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
bottom of page