Rússia anuncia controle total do território de Azovstal, em Mariupol

As Forças Armadas da Federação da Rússia tomaram o total controle das instalações subterrâneas da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia. Todos os soldados ucranianos bloqueados na siderúrgica se renderam, anunciou o Ministério da Defesa russo nesta sexta-feira (20).
"As instalações subterrâneas da empresa, nas quais os combatentes estavam escondidos, ficaram sob controle total das Forças Armadas russas", disse o comunicado militar russo. Além disso, detalha que, no total, desde a última segunda-feira, 2.439 soldados ucranianos entrincheirados em Azovstal depuseram as armas e se renderam.
Entre eles está o comandante do regimento Azov, Denis Prokopenko. Segundo o Ministério da Defesa russo, "devido ao ódio dos moradores de Mariupol e ao desejo do povo de puni-lo por inúmeras atrocidades, ele foi transferido do território da fábrica em um veículo blindado especial".
Sergei Volynski, apelidado de 'Volyna', comandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais da Marinha Ucraniana, também bloqueada em Azovstal, também se rendeu. Citado pela agência RT, ele está envolvido no conflito Donbass desde 2014.
De acordo com a RT, os entrincheirados em Azovstal começaram a se render em massa na segunda-feira, depois que o Ministério da Defesa russo anunciou que concordou em evacuar seus combatentes feridos. No mesmo dia, o primeiro grande grupo de nacionalistas ucranianos se rendeu na área, composto por 265 pessoas, incluindo 51 gravemente feridos.
Segundo informou na quinta-feira, citado pela Sputnik, o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, nas últimas 24 horas, renderam-se 771 combatentes do Batalhão Azov.
Por sua vez, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, publicou um vídeo em sua conta do Telegram na manhã de terça-feira, no qual declarou que, "graças às ações dos militares ucranianos das Forças Armadas da Ucrânia, da Inteligência, bem como o grupo de negociação, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a ONU, estamos esperançosos de que a vida de nossos meninos possa ser salva".
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