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Rússia: sanções causam enormes danos a cidadãos da UE


(Foto: Sputnik/Aleksei Kudenko)

As sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia causam enormes danos aos cidadãos do bloco europeu, disse Dmitry Birichevsky, diretor do Departamento de Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em entrevista à Sputnik.

Para o diplomata, as contínuas medidas restritivas impostas pela UE são algo fora da realidade. As recentes penalizações aplicadas contra o Kremlin fizeram da Rússia o país mais sancionado do mundo.

"A UE continua a pedir um aumento adicional na pressão das sanções sobre a Rússia. Tal política do Ocidente é baseada em uma lógica completamente divorciada da realidade", disse.

Birichevsky disse ainda que Moscou observou repetidamente que as medidas restritivas da União Europeia são ilegítimas e minam os fundamentos do direito internacional. Além disso, para o funcionário da chancelaria russa, as sanções impostas contradizem os interesses do próprio bloco.

"Elas [as sanções] levam a uma ruptura nas cadeias comerciais e produtivas existentes e causam enormes danos aos cidadãos dos Estados-membros da UE. Ao mesmo tempo, as medidas restritivas são especialmente contraproducentes em condições de instabilidade econômica global causadas pela pandemia do novo coronavírus."

Desde o anúncio de Moscou do reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL, respectivamente), uma série de sanções econômicas foi imposta à Rússia pelos EUA e seus aliados. O ritmo das medidas restritivas aumentou depois do início da operação militar especial russa na Ucrânia.

Entre as penalizações estão o fechamento do espaço aéreo dos EUA e da UE, a censura de mídias estatais russas em países do bloco europeu e a proibição do petróleo russo no mercado norte-americano (os EUA são grandes produtores e não dependem do petróleo russo, enquanto os europeus tem uma dependência em torno de 40% da produção da Rússia).

Os preços de petróleo nos EUA aumentaram drasticamente nos últimos dias, atingindo US$ 4,17 por galão (cerca de R$ 20,93) na terça-feira, sendo um preço recorde de todos os tempos. Cada galão, nos EUA, corresponde a 3,78 litros.

'Guerra econômica'

Ainda nesta quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a situação no mercado energético é bastante turbulenta, e não se sabe até onde ela pode chegar.

"Nós vemos que a situação no mercado energético está se tornando bastante turbulenta. Todos nós não sabemos até que nível de turbulência podemos chegar", afirmou Peskov.

Peskov também declarou que a Rússia deve fazer tudo o que for de seu interesse para vencer a guerra econômica contra os EUA.

"Fazer aquilo que corresponde de modo mais vantajoso aos nossos interesses", afirmou Peskov.

"Os EUA declararam, sem dúvida, uma guerra econômica contra a Rússia, eles estão conduzindo esta guerra", enfatizou.

No dia 8 de março, os EUA proibiram a importação do petróleo russo, bem como de produtos derivados do petróleo, gás natural liquefeito e carvão. Enquanto o Reino Unido anunciou que até o final de 2022 interromperá a importação de petróleo e derivados de petróleo russos.

Além disso, Peskov definiu o futuro encontro entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o ucraniano Dmitry Kuleba, que deve ocorrer na Turquia, como um processo muito importante.

"O encontro entre os ministros das Relações Exteriores é uma continuação do processo de negociações muito importante. Não vamos nos precipitar, esperemos o encontro", afirmou.


Fonte: Agência Sputnik

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