Rejeição a Bolsonaro na gestão da pandemia bate recorde
A rejeição à gestão da crise do coronavírus feita pelo presidente Jair Bolsonaro atingiu o maior nível desde início da pandemia, segundo pesquisa Datafolha publicada nesta terça-feira (16).
De acordo com o instituto, 54% dos brasileiros enxergam o trabalho do presidente como ruim ou péssimo. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 16 de março, no momento em que o presidente anunciou o quarto ministro da Saúde durante a crise sanitária.
No levantamento anterior, feito em 20 e 21 de janeiro, a reprovação de Bolsonaro na gestão da pandemia era de 48%, ou seja, aumentou 6% em menos de dois meses.
Para 43%, o principal culpado pelo agravamento da crise sanitária é o presidente Jair Bolsonaro. Os governadores são vistos como os maiores culpados por 17% dos entrevistados, enquanto os prefeitos foram apontados por 9%.
A avaliação geral de Bolsonaro continua em seu pior índice desde que ele assumiu. Segundo o Datafolha, 44% acham o governo ruim ou péssimo, mesma taxa registrada em junho do ano passado, quando o presidente atingiu seu pior momento.
O índice subiu 4% em relação à pesquisa anterior, quando chegou a 40%. A aprovação (bom ou ótimo) foi de 31% para 30%, enquanto o julgamento regular saiu de 26% para 24%.
Vice-líder
O Datafolha ouviu 2.023 pessoas. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
Nesta terça-feira (16) o Brasil registrou recorde de mortes pela Covid-19, com 2.841 óbitos nas últimas 24 horas, segundo boletim do Ministério da Saúde. Ao todo, o país contabiliza 282.127 mortos pelo coronavírus e é vice-líder do ranking mundial da Covid-19, tanto em número de casos como de óbitos, superado apenas pelos Estados Unidos, que lidera, após a gestão desastrosa também do presidente Donald Trump na gestão da pandemia.
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